A V50 no kartódromo: pouco
espaço para ganhar velocidade, mas o cenário ideal para experimentar o
ótimo comportamento e o rápido crescimento de rotações |
A capacidade de bagagem no Brasil não foi informada, mas deixa a
desejar: na Europa é de 404 litros para o sedã e 417 l para a perua,
esperando-se expressiva perda aqui, onde o estepe de tamanho integral
exigiu um espesso enchimento para nivelar o assoalho. Destaque é o
ângulo de abertura da tampa do sedã, de mais de 90º, graças às
dobradiças pantográficas; o do capô é também dos maiores já vistos. O
banco dianteiro direito pode ser rebatido para se levar carga mais
longa.
No
kartódromo O
leitor leu certo: foi o Kartódromo Aldeia da Serra, na cidade paulista
de mesmo nome, o local escolhido pela Volvo para a avaliação pela
imprensa. Embora esse tipo de pista impeça a análise de muito do que
importa ao consumidor, como o comportamento em piso irregular ou em alta
velocidade, foi possível ao BCWS sentir com precisão, em mais de
30 voltas, como se comportam os dois modelos em curvas travadas,
acelerações e frenagens.
E eles impressionaram. A
entrega de potência suave e progressiva do motor, acompanhada de
um leve ronco e do "sopro" do turbo ao "encher", faz do dirigir um puro
prazer. A operação seqüencial do câmbio é intuitiva e suas trocas
automáticas estão na medida certa. Os freios, superlativos, transmitem
segurança.
Como se espera de um tração-dianteira, ainda mais um Volvo, o
subesterço nas curvas fechadas é
pronunciado e mal se consegue provocar
sobresterço tirando o pé do acelerador ao entrar nelas — com o DSTC
desligado, pois com ele em ação o comportamento é neutro. Não há dúvida
de que ficariam bem melhores com a tração integral oferecida lá fora,
mas fica evidente o bom acerto da suspensão típico do grupo Ford nos
últimos anos, sob a batuta do chefe de desenvolvimento Richard
Parry-Jones.
Apesar da dificuldade de avaliar outros fatores, que ficarão para a
futura avaliação completa, foram momentos de prazer ao volante desses
suecos, que deverão cativar muitos clientes fiéis ao trio germânico. Até pelo preço: R$ 170 mil o sedã e R$ 176 mil a perua, competitivos
diante de BMW 325i, Mercedes C 230 e Audi A4 3,0. A V50 deve disputar mercado com a
Alfa Romeo 156 SportWagon (mais barata) e a A4 Avant (mais cara com motor V6), enquanto
os sedãs alemães custam mais que o S40. |
MOTOR
- transversal, 5 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote,
4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 83 x 93,2 mm.
Cilindrada: 2.521 cm3. Taxa de compressão: 9:1. Injeção
multiponto seqüencial, turbocompressor. Potência máxima: 220 cv a
5.000 rpm. Torque máximo: 31,6
m.kgf de 1.500 a 4.800 rpm. |
CÂMBIO
- automático, 5 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado, traseiros a disco; antitravamento
(ABS). |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência eletroidráulica. |
SUSPENSÃO
- dianteira, independente McPherson; traseira, independente
multibraço. |
RODAS
- 16 pol; pneus, 205/55 R 16 W. |
DIMENSÕES
- comprimento, 4,468 m (perua, 4,514 m); largura, 1,77 m;
altura, 1,452 m;
entreeixos, 2,64 m; capacidade do tanque, 62 l; porta-malas,
404 l (perua, 417 l); peso, 1.419 kg (perua, 1.425 kg). |
DESEMPENHO - velocidade
máxima, 235 km/h; aceleração
de 0 a 100 km/h, 7,2 s (perua, 7,3 s). |
Dados do fabricante; consumo, não
disponível |
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