



O logotipo destaca o
gerenciamento eletrônico; as versões Colina, Tornado e Executive, de
cima para baixo, exibem mudanças externas muito tímidas para o segmento
que recebeu há pouco um novo Toyota Hilux |
Em
contrapartida, ainda de acordo com a GM, o picape ficou mais econômico.
O de cabine simples percorre 12,4 km/l na cidade e 15,5 km/l na estrada,
e a de cabine dupla, 12,2 e 15,1 km/l, na mesma ordem (antes, 10,8 e
14,2 km/l no duplo). Em resumo, do modelo 2005 para o 2006 houve uma
economia de até 17% no consumo urbano e de 9% no rodoviário. A autonomia
chega a superar 1.000 quilômetros.
Avaliado em dois percursos engenhosamente criados pela GM na fazenda
Cravinhos (região de Ribeirão Preto, SP), um para explorar as
potencialidades fora-de-estrada e outro de circuito misto, que incluía
trechos alagados, terra, cascalho e um pouco de asfalto (infelizmente
muito pouco para que se pudesse avaliar o carro em velocidade), o S10
mostrou que cumpre a promessa. O torque está bem presente em baixa
rotação, o que facilita tanto superar obstáculos quanto dirigir na
cidade. O desempenho rodoviário, de qualquer modo, já era bem
satisfatório na antiga versão de 132 cv, lançada em 2000.
Também é muito fácil engatar a tração 4x4 e a reduzida, por meio de
botões no painel. Uma reintrodução há muito esperada é o chamado
Trac-Lock, nada mais que um diferencial
autobloqueante — item que a GM ofereceu no S10 por pouco tempo na
fase de lançamento. O recurso previne o deslizamento das rodas traseiras
pois, ao detectar perda de tração em uma das rodas, transfere o torque
para a roda com maior aderência. Com isso, melhora tanto a capacidade
fora-de-estrada quanto o comportamento em curvas fechadas, em que o
picape sem autobloqueante pode manter a roda interna à curva girando em
falso.
Nova comodidade é o controlador de
velocidade, disponível nas versões Tornado e Executive e de certo
modo único na categoria (o Hilux o oferece apenas com câmbio
automático). Por fora, admite a própria GM, houve simples mudanças
cosméticas, bastante tímidas. "A reestilização foi pequena, sem dúvida.
O modelo mudou muito pouco", reconheceu ao BCWS o diretor geral
de marketing e vendas Marcos Munhoz. O vice-presidente de
Engenharia da GM LAAM (América Latina, África e Oriente Médio), Pedro
Manuchakian, tentou justificar o exagero: "É a nomenclatura da marca. Na
verdade, o carro sofreu mudanças contínuas ao longo dos anos. Se formos
verificar, mudaram sim as gerações mesmo. Mas não fomos os primeiros a
praticar isso. Não podemos explicar".
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