


Na avaliação por rodovia e
estrada de terra, a nova Idea agradou: pneus bons em ambos os terrenos,
suspensão acertada e desempenho adequado a sua proposta |
A
aceleração 0-100 km/h era feita em 11,0/10,9 s; no Adventure é em
12,3/12,2 s. O consumo também foi afetado: na cidade, de 12,0/8,2 km/l
passou para 10,0/7,2 km/l. Na estrada agora é 14,8/10,5 km/l, perdendo
para a HLX, que apresentava 16,0/11,0 — sempre considerando gasolina e
álcool, na ordem.
Se isso pode desestimular a compra da Idea Adventure, o resto mais do
que compensa a pequena desvantagem. O veículo mostra comportamento
honesto e inspira confiança. O trabalho de suspensão comprovou ser
correto, e os pneus, uma agradável surpresa: reagem praticamente como
pneus de asfalto e não mistos. Curvas podem ser tomadas com boa dose de
vigor sem que apareçam vícios ou comportamentos estranhos, como
oscilações nos dois planos ou saída de frente excessiva. Os freios
repotenciados, com discos de 284 mm de diâmetro à frente em lugar de 257
mm, estão adequados ao maior peso do veículo. A Fiat escolheu bom trecho
de rodovia, entre Belo Horizonte e Nova Lima.
É nas estradas de terra que esse novo membro da família Adventure está
em casa. A boa distância do solo dá tranqüilidade até diante de piso
bastante irregular. O curso de suspensão é bem dividido, não ocorrendo
baques de batente ou perda de tração. A fábrica acertou bem a nova
versão, que deve agradar. O desempenho não entusiasma, mas é mais do que
próprio de veículos desse tipo com motores de menos de 2,0 litros.
Com a Idea Adventure, ganha o consumidor que gosta do espírito
fora-de-estrada, mas não estava satisfeito com as opções da própria Fiat
e da concorrência. Além das características do veículo em si, não
precisará gastar mais do que com seus oponentes e receberá um pacote de
itens de série bastante atraente. Se a idéia deu certo antes — em 1999 —
para a Fiat, tudo indica que se repetirá. |