


No interior, a simplicidade
do acabamento contrasta com o aspecto moderno do painel; poderia haver
controle elétrico de vidros e travas como opcional
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O
interior mostra um contraste entre a simplicidade do acabamento e as
formas atuais e bem elaboradas, como o painel igual ao das versões
superiores, dotado de conta-giros. Em nome do baixo custo, fácil
conservação e limpeza, um vinil cinza reveste o banco (separado em 60/40
e com ajuste em distância apenas para a seção do motorista). Embora
válido pela proposta do picape, tem o inconveniente de esquentar demais
sob sol. Já o assoalho em plástico e o volante simples — mas espumado e
de três raios, como no Corolla XLi — em nada
comprometem. Há até a vantagem de um segundo porta-copos escamoteável no
painel, eliminado quando há bolsas infláveis.
Como se esperava, muitos dos itens de conforto e conveniência do Hilux
SRV desaparecem no básico: controle elétrico dos vidros, travas e
retrovisores (o ajuste destes é "digital", isto é, com os dedos no
espelho...), sistema de áudio, alarme e travamento das portas a
distância, luz de aviso para atar cinto, luzes de leitura, espelho no
pára-sol, ajuste de altura do banco, apoio de braço com porta-objetos.
Também ficam de fora recursos de segurança como faróis de neblina,
bolsas infláveis e freios com sistema antitravamento (ABS). Há relativo
espaço para um terceiro ocupante no centro, mas seu cinto é subabdominal.
Por outro lado, a Toyota mantém uma lista de equipamentos úteis, alguns
inesperados em um veículo de trabalho: ajuste de altura do volante,
porta-luvas com chave (coisa de carro de luxo hoje...), aviso para porta
mal fechada, comando interno da tampa do tanque, retrovisor esquerdo
também convexo, luz interna acionada
por ambas as portas, dois hodômetros parciais, relógio digital e
terceira luz de freio. O ar-condicionado é de série, com fácil operação
e ajuste, e a qualidade dos plásticos no interior está bem acima das
necessidades da versão. Mesmo limitada pelos ajustes do banco, a posição
de dirigir é cômoda, mas seria melhor com o volante mais perto do
motorista.
Desempenho
coerente
Muitos usuários de picapes lembram-se dos motores a diesel da década de
1980, com potência ao redor de 90 cv, que faziam uma barulheira para
manter um ritmo de viagem ao redor dos 110 km/h. Alguns nem querer
lembrar e, assim, é natural que comemorem a situação atual, em que os
picapes médios ficam na faixa de 140 a 163 cv em suas versões
superiores.
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