Rodando, confirma-se a sensação de se estar dirigindo um picape pesado, apesar de todas as medidas tomadas pela fábrica para atenuar certos traços característicos. O eixo traseiro realmente mostra melhor controle, com menos tendência a entrar em freqüência, e o funcionamento da suspensão concilia razoavelmente maciez com previsão para carga útil elevada.

Não se podem esperar respostas rápidas aos comandos, sobretudo direção, mas nada que atrapalhe um dirigir sereno e responsável. O que permanece é a desagradável percepção de torção e flexão da carroceria, certamente o maior fator de diferenciação entre um picape e um automóvel, ou um utilitário esporte de estrutura monobloco.

O rodar é silencioso, graças ao amplo emprego de material fonoabsorvente, sem dúvida ajudado pelo motor MWM moderno e de alta rotação, um dos pontos altos do F-250. Mas é uma realmente uma massa descomunal, a ponto de termos avistado um S10 à frente e, por questão de perspectiva, achar que se tratava de um Chevy 500! Afinal, estávamos num picape de quase dois metros de altura, em que só o assoalho fica a 590 mm do chão.

Que não fiquem dúvidas: o F-250 Cabine Dupla tem seu público e seu hábitat, mas que certamente não é o tráfego de cidade. Afinal, 16,37 metros de diâmetro de giro podem tornar quase impossível a missão de manobrá-lo num estacionamento de shopping center.

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