



Apenas o motor 2,0 de 143 cv
é disponível com tração integral, garantia de bom desempenho no asfalto
e longe dele. Nos modelos que não são amarelos, pára-choques,
retrovisores e frisos vêm na cor da carroceria
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Ficha
técnica |
| MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote,
4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso:
87,5 x 83,1 mm. Cilindrada: 1.999 cm3. Taxa de compressão: 10,1:1. Injeção
multiponto seqüencial. Potência máxima: 143 cv a 6.000 rpm.
Torque máximo: 19,1 m.kgf a 4.250 rpm. |
| CÂMBIO
- manual, 5 marchas; tração integral. |
| FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor; antitravamento
(ABS). |
| DIREÇÃO
- assistida, de pinhão e cremalheira. |
| SUSPENSÃO
- dianteira, independente, McPherson, estabilizador; traseira,
independente, multibraço, estabilizador. |
| RODAS
- 6 x 15 pol; pneus, 205/65 R 15 T. |
| DIMENSÕES
- comprimento, 4,228 m; largura, 1,734 m; altura, 1,674 m;
entreeixos, 2,49 m; capacidade do tanque, 50 l; porta-malas,
292 l; peso, 1.395 kg. |
| DESEMPENHO
- velocidade máxima, 180 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 10,7 s. |
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CONSUMO - em cidade, 10,9 km/l; em estrada, 13,5 km/l. |
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Dados do fabricante |
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As relações de 1ª. e 2ª. marchas
foram encurtadas em relação ao XLT 2,0, assim como o diferencial. O
alongamento da 3ª., 4ª. e 5ª. compensou a relação final mais curta. A
1ª. final (incluído o diferencial) foi encurtada em nada menos que
16,3%, e a 2ª., em 12,6%. Com a alteração a
capacidade de subida é de 37%, mas poderia ser bem mais com o recurso
que existe em grande parte dos 4x4.
A Ford informa a mesma velocidade máxima da versão conhecida, pois há
limite eletrônico, e perda de 0,4 segundo na aceleração de 0 a 100 km/h,
esperada pelos 175 kg a mais. O consumo anunciado revela aumento menor
que o imaginado, apenas 0,2 km/l. Apesar de o torque máximo ocorrer a
elevadas 4.250 rpm, a 1.500 já se conta com 85% ou 16,2 m.kgf.
A troca de marchas continua das melhores, com engates leves e de pequeno
curso. Os freios é que poderiam ser mais potentes, pois ao redor de 120
km/h nota-se que a desaceleração é melhorável. Os pneus são Pirelli
Cinturato P3000, desenvolvidos para uso em estradas pavimentadas e de
terra em mau estado, na mesma medida 205/65-15 do XLT.
Na terra, em situações difíceis, o 4WD se sai bem e mostra honestidade
em seu propósito. Não é um fora-de-estrada autêntico, mas consegue ir a
lugares onde um carro de tração dianteira não chegaria, segurança que
sempre agrada ao motorista. Percebe-se claramente o momento em que as
rodas de trás começam a participar do esforço de tração, de maneira
suave. Essa é a condição que a maioria utilizará por praticamente toda a
vida do veículo.
Usar o bloqueio é bem simples. Seu objetivo a evitar que uma roda de
cada eixo fique sem tração, em que o veículo deixaria de andar, pois não
existe bloqueio nos diferenciais. Não seria difícil adicionar um
controle de tração por ação seletiva automática dos freios, o que
aumentaria a mobilidade do EcoSport. Fica a sugestão.
A suspensão absorve bem as irregularidades e os cursos maiores, 170 mm
na dianteira e 225 mm atrás, ajudam. Como também o eixo traseiro
independente, evitando perda de tração por oscilações de alta
freqüência, comuns nos eixos rígidos.
Bom
momento O EcoSport
4WD vem somar ao momento importante por que passa a Ford brasileira,
depois de amargar tempos difíceis. A recuperação da marca ocorre a olhos
vistos. A fábrica de Camaçari, BA opera em dois turnos e produz 750
veículos por dia. Emprega 5.000 pessoas (sendo 3.000 dos 27 fornecedores
instalados no próprio sítio), 70% das peças são produzidas na Bahia e
95% no País. Só no 4WD o percentual cai para 80%, pois motor e
transmissão vêm do México.
A julgar pelo que BCWS viu no novo produto, a empresa tem motivos
de sobra para comemorar. |