O
carro de entrada da Citroën no Brasil acaba de ganhar mais uma versão.
Batizada de XTR, soma-se à GLX — que pode vir equipada com o motor 1,4 e
o 1,6 16V — e à Exclusive, equipada apenas com o 1,6 16V. A nova versão
mantém o motor 1,6 16V flexível, capaz
de produzir 110 cv e 14,5 m.kgf com gasolina e 113 cv e 15,8 m.kgf com
álcool.
Todo o resto do conjunto mecânico também é o mesmo: relações de marcha e
de diferencial, suspensão, pneus, de maneira que o vão livre do solo
continua igual. A grande diferença está no pacote visual externo, que
conta com rodas de alumínio exclusivas, barras longitudinais no teto,
ponteira do escapamento cromada, lanternas traseiras translúcidas, grade
e pára-choques sem pintura — assim como as maçanetas —, que formam
conjunto com as molduras nos pára-lamas e estas com a soleira, que
contém a inscrição XTR.
Há também um pacote de equipamentos mais farto, em que as rodas de
alumínio, bolsas infláveis frontais, bancos revestidos em couro (com a
inscrição XTR em seus encostos) e rádio/toca-CDs com comando na coluna
de direção são itens de série. No mais, o carro conta com os mesmos
itens do Exclusive, como ar-condicionado, freios a disco nas quatro
rodas com sistema antitravamento (ABS) e controle elétrico dos vidros,
travas e retrovisores. Opcional, só o
sensor de estacionamento, mas disqueteira para cinco CDs no painel e
sistema viva-voz para celular, com tecnologia Bluetooth, podem ser
adquiridos nas concessionárias.
Sem novidades técnicas, o XTR só poderia se comportar de maneira
idêntica ao Exclusive, como se constatou na avaliação pela capital
paulista. Apesar do bom acabamento e dos equipamentos de série, foi
sentida a falta de revestimento de couro no volante e nas portas — seu
acabamento é todo em plástico. Além disso, podia haver um protetor na
alavanca de freio de estacionamento que escondesse o mecanismo do freio,
além de iluminação do espelho do pára-sol de ambos os lados. São
detalhes, mas que podem saltar aos olhos dos consumidores dessa faixa de
preço e seriam facilmente resolvidos pela fábrica.
O apelo fora-de-estrada do XTR está mesmo restrito à aparência, se é que
pode ser chamado assim. A própria Citroën o divulga como um modelo
on-road, não off-road. Aparentemente não quer correr o risco
de ser criticada — como foram algumas marcas — por dar ao carro uma
imagem de aventura que não corresponda a seu verdadeiro potencial. A
empresa busca o consumidor que quer um visual diferenciado, ligado ao
modismo dos carros pseudo-aventureiros, mas que não vai utilizá-lo em
estradas de terra ou condições adversas.
Assim, os equipamentos adicionais de série é que justificam o preço de
R$ 51.400, que nos próximos quatro meses estará em promoção a R$ 48.900.
A Citroën informa a previsão de 400 a 500 unidades vendidas por mês da
nova versão de topo do C3. |
Grade e pára-choques sem
pintura, molduras nos pára-lamas, barras no teto, desenho das rodas:
apenas mudanças estéticas
Os bancos revestidos em couro
têm a sigla da versão bordada, mas de resto o interior é o mesmo do
Exclusive |