

O desempenho com GNV fica
parecido ao do Astra 1,8 a álcool, que o Multipower substitui; um biombo
esconde os cilindros no porta-malas, cuja capacidade diminui bastante |
Andando, tem-se um "tridesempenho", sendo sensível a diferença entre os
três combustíveis, como era de esperar. Mas apesar de o gás deixar o
carro bem mais lento, dá para usá-lo normalmente, nada que possa ser
chamado de sofrível. É apenas como se o motor tivesse cerca de 200 cm³
menos (o motor 1,8 a álcool, por exemplo, desenvolve 110 cv a 5.200
rpm). Além disso, resta o recurso de acionar a chave seletora no caso de
se precisar de mais aceleração, como num trecho de ultrapassagens
sucessivas em pista de mão dupla ou numa subida de maior aclividade.
Só há uma modificação mecânica aportada ao Astra: molas traseiras com
maior altura livre no caso de dois cilindros montados, para que a altura
de rodagem atrás seja mantida com o peso dos dois cilindros, elementos
de fixação e carga de gás, que beira 90 kg (números exatos não foram
informados). Mas o computador de bordo é indisponível no Multipower,
pois vem apenas no Elite Flexpower, como item de série. Tudo o mais o
que se refere a versões e acabamentos repete o que o BCWS
publicou em abril sobre o Astra 2005.
No porta-malas, um biombo esconde os cilindros e dá bom visual do
interior do compartimento. Mas permaneceram os encostos rebatíveis do
banco traseiro que dão a estranha visão, de dentro do carro, dos
cilindros pintados em rosa. Se essa útil característica perdeu a
finalidade, por um lado, por outro resulta em facilidade de acesso aos
cilindros de gás.
Com o Astra Multipower a GM tem o mérito de dar um passo pioneiro no
Brasil e possivelmente no mundo, além de atender ao consumidor que busca
reduzir ao máximo as despesas de combustível, embora o custo extra do
equipamento leve tempo para ser amortizado. Será preciso rodar cerca de
90.000 km para compensar a despesa adicional de R$ 3.900, considerando o
álcool, e 45.000 km, para gasolina, de acordo com as bases de cálculo
mencionadas acima.
Como a média nacional de quilometragem por ano é de 15.000 km, pode ser
que o investimento não compense para a maioria das pessoas. E na hora de
vender o carro é preciso esperar para ver se o fato de trazer o conjunto
a gás de fábrica terá influência no valor. Mas é certamente uma primazia
da qual a GM pode se orgulhar. |
MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha; comando no cabeçote,
2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 86 x
86 mm. Cilindrada: 1.998 cm3. Taxa de compressão: 11,3:1. Potência
máxima: 121 cv (com gasolina), 127,6 cv (com álcool) ou 105,8 cv
(com GNV) a 5.200 rpm. Torque máximo:
18,3 m.kgf a 2.600 rpm (com gasolina), 19,6 m.kgf a 2.400 rpm
(com álcool) ou 16,4 m.kgf (com GNV). Injeção multiponto seqüencial. |
CÂMBIO
- manual, 5 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento
(ABS) opcional. |
DIREÇÃO
- assistida, de pinhão e cremalheira. |
SUSPENSÃO
- dianteira, independente, McPherson, estabilizador; traseira,
eixo de torção. |
RODAS
- 6 x 15 pol; pneus, 195/65 R 15 H. |
DIMENSÕES
- comprimento, 4,342
m; largura, 1,709 m; altura, 1,425 m; entreeixos, 2,614 m;
capacidade do tanque, 52 l; porta-malas, ND; peso, ND. |
ND = não disponível |
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