

Nas versões Feline e Griffe
vêm o motor 2,0 de 143 cv e o câmbio automático, que admite mudanças
seqüenciais


A versão Presence 1,6 tem ótima
relação entre preço e equipamentos; a tela contra sol é muito bem-vinda |
A marca divulga
duas capacidades para o porta-malas: 506 litros pelo método VDA
(blocos), bastante utilizado, e 623 litros de água, padrão que
não tem qualquer validade e só confunde o consumidor. Pelo VDA, o novo
Peugeot perde de Fusion, Jetta,
Vectra e Mégane, mas supera Focus, Corolla, Marea, Astra e Civic, na
ordem do maior para o menor. As dobradiças são
pantográficas e o vão de acesso é bom, ao contrário de alguns
oponentes.
A avaliação do 307 em uma pitoresca região na província de Jujuy, no
noroeste argentino, permitiu ótimo contato com o carro, um exemplo a ser
seguido por outras marcas. Foram cerca de 120 km de auto-estrada, serra
e trechos urbanos, divididos entre as versões Feline manual e Griffe
automática — seria o bastante para colher fartas impressões até de um
carro todo novo, o que não é o caso. A única falha foi não estar
disponível a versão de 1,6 litro.
O sedã revelou as grandes qualidades já conhecidas do hatch, como ótimo
comportamento dinâmico (apesar de usar pneus 195/65-15, medida
conservadora diante dos 205/55-16 de vários concorrentes), baixo nível
de ruído (exceto em altas rotações), bom desempenho com o motor de 2,0
litros e funcionamento adequado da caixa automática, que segue o padrão
francês de manter marchas baixas quando se corta a aceleração, bem-vindo
em trechos sinuosos. O conforto de rodagem em piso irregular, porém,
deixa a desejar. Ainda, como pesa expressivos 1.363 kg, não se espera
muita agilidade da versão 1,6.
Não é à toa que, mesmo com a ótima relação custo-benefício do Presence,
a Peugeot pretende vender apenas de 20 a 30% dos sedãs nessa versão, ficando
o restante dividido por igual entre Feline e Griffe. O câmbio automático
deve responder pela maior parte dos Felines. Somadas as opções, a
expectativa é uma média mensal de 800 sedãs, mesma quantidade do hatch,
portanto bem distante da faixa de 2.000-3.000 alcançada hoje por Civic,
Corolla e Vectra. As vendas começam em 24 de agosto.
Em uma categoria com tantas novidades e em um país que valoriza muito o
estilo, o 307 Sedan pode não ter grande impacto, seja por ser derivado
de um hatch lançado aqui há quatro anos, seja pela timidez do desenho da
traseira. Mas chega, sem dúvida, com bons atributos para disputar seu
espaço em um importante segmento. |