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Desempenho prejudica o agradável Tracker

A versão Chevrolet do Suzuki Grand Vitara tem boa
dirigibilidade, mas anda menos que o Kangoo 1,0

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Está chegando ao mercado um utilitário-esporte compacto, projetado pela Suzuki no Japão, produzido por ela na Argentina com motor japonês da Mazda e vendido, lá como aqui, pela General Motors como produto Chevrolet. A mistura parece complexa, mas o resultado é conhecido: o Tracker é um irmão gêmeo do Suzuki Grand Vitara.

Oferecido em um só pacote de equipamentos (com ar-condicionado, direção assistida, duas bolsas infláveis, freios antitravamento ABS com distribuição eletrônica EBD, controles elétricos de vidros, travas e retrovisores, toca-CD, rodas de alumínio de 16 pol, imobilizador e teto solar elétrico), com cinco portas, tração 4x4 de engate seletivo e motor 2,0 turbodiesel, o Tracker custa R$ 61.900. O sistema de vendas, como no Omega, utiliza o faturamento direto ao comprador, que elimina estoques nas concessionárias.

Estilo é o mesmo do Grand Vitara lançado em 1998, agradável e ainda atual, mas as luzes de pára-choque deram lugar a tampas com parafusos aparentes

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O preço é pouco inferior ao do Grand Vitara equivalente, mas este oferece também motores a gasolina 1,6 (94 cv), 2,0 (128 cv) e 2,5 V6 (144 cv), além de versão três-portas. Segundo a GM, o mercado tem preferido o diesel, que apenas o Kia Sportage tem entre os demais concorrentes (a partir de R$ 53.061, sem bolsas infláveis e ABS). O Tracker custa menos que o Toyota RAV4 (2,0, 150 cv, R$ 66.800) e o Honda CR-V (2,0, 147 cv, R$ 66.532), mas supera o Mitsubishi Pajero iO (1,8, 117 cv, R$ 53.520), todos a gasolina. Só o GM, porém, não dispõe de câmbio automático como opcional.

À parte os pára-choques na cor da carroceria, os emblemas e alguns detalhes, o Tracker é idêntico ao Grand Vitara externamente. Tem ar atual e esportivo, em função da carroceria e pneus mais baixos que o usual. Mudança positiva são as luzes traseiras nas lanternas principais, sem o uso das estranhas luzes de pára-choque do Suzuki -- também menos seguras, pois ficam mais baixas e vulneráveis em colisões. Só que a GM poderia ter cuidado melhor do detalhe, não deixando tampas com parafusos aparentes no local.

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GM aposta na economia do motor diesel e no bom pacote de equipamentos de série, de teto solar a duas bolsas infláveis, passando por freios com ABS e EBD, ar-condicionado e toca-CD

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O ambiente interno é simples mas agradável, com boa posição de dirigir -- auxiliada por ajustes de inclinação do assento e apoio lombar do motorista. A reclinação dos encostos deveria ser contínua, por botão giratório em vez de alavanca, mas o recurso existe também para o banco traseiro, que é dividido ao meio. Para quem viaja atrás o conforto é aceitável, apesar da pouca largura, e o espaço vertical não é prejudicado pelo teto solar. Vantagem sobre utilitários maiores, como o Blazer, é o fácil acesso à cabine mais baixa.

O painel conta com dois hodômetros (digitais) e marcador de combustível sempre ligado, ambos convenientes. Há bom espaço para objetos, dois porta-copos, pára-brisa com faixa degradê e minúsculos espelhos de cortesia em ambos os pára-sóis. Os faróis são de superfície complexa e haverá opção de neblina em breve (saiba mais). Estranha é a advertência em inglês no retrovisor direito sobre o uso de lente convexa, como nos EUA.

Bom trabalho de suspensão nos pisos irregulares e também no asfalto, apesar do uso de obsoleto eixo rígido traseiro -- há concorrentes com suspensão independente

As janelas traseiras descem integralmente, mas falta temporizador dos controles elétricos de vidros, que existem no modesto Corsa Wind. A quinta porta se abre para a direita, um padrão japonês que está errado para nosso uso, e leva junto o estepe. O porta-malas tem espaço similar ao de um Corsa e tomada de energia de 12 volts para acessórios. Continua

Acessórios na rede, como o Celta

A exemplo do Celta e outros Chevrolets, o comprador do Tracker pode equipá-lo em concessionária com os chamados itens de personalização. Vendidos em separado, os itens são grade dianteira com moldura protuberante, chapa protetora frontal inferior, barras transversais para compor um bagageiro de teto com as longitudinais já existentes, estribos, apoio de braço central para o motorista, spoiler traseiro no teto e tapetes em borracha ou carpete. Em breve serão lançados alarme antifurto (hoje o controle remoto apenas comanda o travamento das portas), faróis de neblina e cobertura para o estepe externo.

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