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A aceleração de 0 a 100 km/h caiu para 9,8 segundos, tempo de carro esportivo. Já a velocidade máxima é limitada a 180 km/h, em função dos pneus de código "S" (inaptos a velocidades maiores), apenas 5 km/h a mais que a versão menos potente. Pode-se acelerar mais fundo sem risco de descontrole, desde que em reta e com piso seco. Saídas de esquina já exigem mais atenção para que a traseira não queira ultrapassar a frente...

A caçamba do Dakota supera em 15 cm o comprimento dos concorrentes, mas poderia receber proteção interna ou mesmo cobertura marítima

O R/T recebeu como padrão transmissão automática de quatro marchas, que facilita o controle da potência aplicada ao solo e agrega conforto. Seu funcionamento é correto, embora pareça não querer passar à segunda marcha em saídas suaves com motor frio. Após breve adaptação os engates na coluna tornam-se normais, mas algumas vezes foram menos precisos -- sobretudo a marcha a ré -- que os de câmbios automáticos no assoalho.

A suspensão foi suavizada, para ganho em conforto e aderência, prejudicados com os pulos da traseira típicos de picapes. Como conseqüência, a capacidade de carga diminuiu de 1.000 kg para 750 kg -- mais que suficientes para duas motos ou um jet ski, as cargas mais pesadas que o usuário comum deverá transportar.

Logotipos "V8" e "5.2 R/T" estão em vários pontos da carroceria e há molduras nos pára-lamas. Aderência dos pneus em asfalto não está à altura do desempenho
O Best Cars Web Site, além da avaliação completa de um R/T de cabine simples, dirigiu a estendida, sendo perceptível seu maior conforto em função do entreeixos 48 cm mais longo. Contudo, talvez pelo eixo traseiro mais reforçado e pesado, ambas pareceram manter o padrão de (pouco) conforto das outras versões ao passar por lombadas e irregularidades, saltitando e chegando a assustar em desníveis de pista.

Certa instabilidade nas curvas, decorrente dos pneus altos e nada esportivos, também requer atenção. Seu desenho muito "aberto", com amplos sulcos, gera elevado ruído de rolagem e reduz um pouco a aderência. A Dodge poderia ter adotado outros mais adequados, mas esbarrou na escassez de opções do mercado nacional e no alto preço (inclusive de reposição) dos importados.

Os freios não têm novidades, nem mesmo a aplicação do antitravamento (ABS) também nas rodas dianteiras, que ampliaria a segurança em frenagens pânicas e manobras evasivas. Oferecê-lo como opcional, a exemplo do GM Silverado, seria uma boa medida.

Mesmo com suspensão mais macia e capacidade de carga reduzida, a traseira pula bastante em piso irregular. Os freios deveriam ter ABS também nas rodas dianteiras
Os interessados na versão de topo da linha Dakota devem preparar-se para a conta no posto: apesar dos otimistas números de consumo de fábrica (6,1 km/l em cidade, 8,4 km/l em estrada), em uso vigoroso o ponteiro do tanque de 83 litros desce com rapidez. Durante o período de avaliação a média indicada no computador de bordo oscilou entre 4 km/l (cidade) e 7 km/l (estrada em velocidade moderada).

Não é para qualquer bolso -- mas ter um picape V8 não deve, mesmo, ser para qualquer um. Ficha técnica

Comentário técnico
  • O motor do Dakota é uma evolução do que equipava os automóveis Dodge nacionais, com comando de válvulas central no bloco e cabeçote em ferro fundido. A grande diferença está na formação de mistura por injeção multiponto.
  • O câmbio automático do V8 é exclusivo na linha, sendo diverso do que equipa como opcional a versão V6. Apenas o câmbio manual desta última e o da turbodiesel são o mesmo.
  • Como em todo Dakota, o eixo traseiro possui diferencial de deslizamento limitado, ou autobloqueante (saiba como funciona), que ajuda a manter a tração em pisos de baixa aderência.

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