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O carro não chega a ser lento, mas acompanhar um fluxo de trânsito mais rápido, manter um bom ritmo em aclives na estrada ou mesmo efetuar uma ultrapassagem requer o uso a fundo do acelerador, com conseqüentes reduções de marcha e aumento no consumo, nível de ruído e de vibrações. A distribuição de torque, mesmo melhor que no Neon (saiba mais), ainda não é ideal para um carro desse peso.

Comportamento dinâmico chega a surpreender diante da altura do carro, com suspensões firmes e bem controladas. Só que o desempenho do motor 2,0 não está de acordo com o que se espera nessa faixa de preço
 
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A Chrysler divulga índices de desempenho "estimados", um tanto otimistas a nosso ver: velocidade máxima de 210 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 8,7 s. Pelo que se percebe ao dirigi-lo, as marcas efetivas devem estar por volta de 190 km/h e 13 s. O consumo declarado, 7,6 km/l em cidade e 11 km/l em estrada, parece mais compatível com a realidade.

Nos mercados internacionais é oferecido o motor de 2,4 litros e 150 cv, também de quatro cilindros, duplo comando e 16 válvulas, da minivan Caravan SE. O torque máximo de 22,4 m.kgf a 4.000 rpm cairia muito bem ao PT, mas sua produção não atende à demanda, dificultando a importação, segundo a marca. Não deixa de ser estranho que 160 unidades por ano possam fazer falta lá fora... Tudo indica que a Chrysler vá avaliar a receptividade da versão 2,0 e passar a trazer a 2,4 se o mercado exigir.

Clique para ampliar a imagem Câmbio automático, freios e direção operam bem no PT Cruiser. A suspensão poderia absorver melhor as irregularidades e ser melhor adaptada às lombadas

Se o motor está abaixo do ideal, o restante da mecânica agrada bastante. O câmbio é bem superior ao utilizado no modelo 2000 do Neon, ainda de três marchas (leia avaliação completa), pela "aprendizagem" do modo de dirigir do motorista. Foi possível perceber como, depois de algumas centenas de quilômetros com o mesmo usuário, as mudanças passaram a ocorrer no momento desejado, ao contrário do contato inicial.

A suspensão (diferente do Neon na traseira; saiba mais) tem a característica comum a todo Chrysler importado para o Brasil, de especificação européia: o rodar é mais áspero e ruidoso do que se espera, em função também do baixo perfil dos pneus, 205/55. Um inconveniente do Neon, o ruído ao "descer" de lombadas, causado pela forte distensão dos amortecedores e a falta de batente hidráulico nestes, também se manifesta no PT. Por outro lado, a estabilidade chega a surpreender diante do 1,6 metro de altura do automóvel: contorna curvas trazendo confiança e as respostas da direção são rápidas e precisas.
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Criatividade sem limites
O PT Cruiser é claramente o sucessor do VW New Beetle como inspiração para preparações e transformações as mais diversas. Além das versões furgão, esportiva (saiba mais) e conversível (saiba mais) da própria Chrysler, várias outras foram desenvolvidas por empresas independentes.

No SEMA Show do ano passado (leia cobertura) o PT apareceu com teto em vinil, com chamas nas laterais, com apliques imitando madeira, como hot rod e numa versão com compressor e 325 cv. Os ingleses foram mais longe em termos de potência: criaram o PT Bruiser, um dragster com motor Chrysler V8 entre eixos de 8,2 litros e 1.183 cv. Acelera de 0 a 96 km/h em 1,2 s e usa pára-quedas para ajudar na frenagem.

Também foi feito um modelo inspirado nos táxis de Londres, com a grade original de um deles, faróis redondos e, claro, pintura preta. E não faltou uma limusine, com seis metros de comprimento, oito lugares, espelhos no teto e iluminação interna por fibra ótica.
PT Bruiser V8

Táxi inglês

Limusine

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