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Os números de desempenho declarados pela VW são dos melhores no segmento (aceleração de 0 a 100 km/h em 13,5 s e velocidade máxima de 168 km/h), mas ainda ficam bem atrás da versão 1,6, que promete 11,4 s e 180 km/h. O novo motor só representa ganho palpável no consumo urbano, que passa de 11,9 para 13,6 km/l, pois na estrada os dados de fábrica são próximos (vantagem de 0,3 km/l para o 1,0).

Optar pelo motor 1,0-litro traz menor consumo na cidade, sendo os números em estrada semelhantes. Destaque deste motor é a suavidade de funcionamento: vibra pouco mesmo no limite de 7.300 rpm
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Para compensar os cavalos a menos, as relações de marcha e diferencial foram encurtadas. A 120 km/h em quinta, por exemplo, o motor maior gira a cerca de 3.900 rpm; o menor, a 4.600 rpm. Como o Polo 1,6 já tem marchas excessivamente curtas para seu torque e peso, as novas relações tornam o 1,0 um tanto ruidoso em velocidades normais de viagem (120/130 km/h indicados), um mal que tem afetado quase todo VW nos últimos tempos. Ao menos o motor de 1.000 cm3 é primoroso na suavidade de funcionamento, evitando vibrações indesejáveis mesmo no limite de giros, que subiu de 6.500 para 7.300 rpm.

À parte o motor, as relações de marcha, a faixa vermelha do conta-giros e o logotipo 16V na quinta porta, nada mais mudou no Polo. O acabamento é o mesmo, superior ao de outros 1,0 recentes como Corsa e Fiesta; a suspensão mantém a calibragem firme, que permite boa estabilidade sem chegar ao desconforto; e até os pneus continuam os largos 185/60-14, que contribuem também para a aparência robusta. A versão Sportline vem com 195/55-15 em belas rodas de alumínio, uma opção para as três outras.

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O interior é o mesmo, funcional e com acabamento superior ao dos concorrentes. Mas o 1,0-litro mais barato vem sem volante ajustável, banco com regulagem de altura e ar-condicionado

Nas versões superiores os itens de série do Polo 1,6/2,0 foram mantidos, incluindo direção assistida eletroidráulica, ajuste do volante em altura e profundidade -- exclusivos no segmento --, pára-brisa degradê, conta-giros e banco do motorista regulável em altura. Entre os opcionais estã o controle automático do ar-condicionado, controle elétrico dos vidros, travas e retrovisores, rádio/toca-CD, alarme acionado a distância, freios com sistema antitravamento (ABS), bolsas infláveis, faróis e luz traseira de neblina e... revestimento dos bancos em couro, no Sportline.

Além da proximidade à versão 1,6, o que pode complicar a situação do Polo 1,0 é a oferta de concorrentes bem mais em conta nessa faixa de potência -- novos Corsa e Fiesta, Palio ELX, Peugeot 206 Soleil -- ou mesmo com desempenho superior, como o Fiesta Supercharger. A VW terá concorrência também dentro de casa: o Gol Turbo custa R$ 24 mil (com direção assistida mas sem ar) e, com seus 112 cv, dá trabalho até para o Polo de 2,0 litros.

Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 67,1 x 70,6 mm. Cilindrada: 999 cm3. Taxa de compressão: 11,5:1. Injeção multiponto seqüencial. Potência máxima: 79 cv a 6.500 rpm. Torque máximo: 9,7 m.kgf a 5.000 rpm.
CÂMBIO - manual, 5 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor; antitravamento (opcional).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência eletroidráulica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, McPherson, estabilizador; traseira, eixo de torção.
RODAS - 6 x 14 pol; pneus, 185/60 R 14 H.
DIMENSÕES - comprimento, 3,89 m; largura, 1,65 m; altura, 1,48 m; entreeixos, 2,46 m; capacidade do tanque, 45 l; porta-malas, 270 l; peso, 1.045 kg.
Desempenho e consumo
DESEMPENHO - velocidade máxima, 168 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 13,5 s. CONSUMO - em cidade, 13,6 km/l; em estrada, 17,7 km/l.
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