Antes da chegada dos novos Mondeo, Laguna e Xantia, a VW atualiza o Passat -- que evoluiu, mas ficou um tanto caro

Depois de quase cinco anos no mercado internacional, o Passat alemão de sexta geração (ou quinta, se a versão de 1994 for considerada reestilização apenas) chega ao Brasil em maio, reestilizado por fora e com novidades internas, a exemplo do modelo apresentado no último Salão de Paris (saiba mais). É uma atualização bem-vinda em um segmento que receberá, nos próximos meses, concorrentes totalmente novos como Ford Mondeo, Citroën C5 e Renault Laguna.

A mudança mais significativa é a frente, mais afilada e imponente, em que se destacam a ampla grade e os faróis superelipsoidais para o facho baixo (os altos são de superfície complexa, resultando em conjunto similar ao do Marea e Chrysler 300M). Os faróis de neblina, antes incorporados aos principais, vêm agora na parte inferior do pára-choque e também adotam a tecnologia superelipsoidal. Não há previsão de oferta de lâmpadas de xenônio, que o menor Audi A3 já oferece como opcional.

Dos componentes metálicos, restaram do modelo anterior apenas teto e portas. Na traseira há novas lanternas de desenho interessante, tanto no sedã quanto na perua Variant. As versões V6 vêm com frisos cromados nas laterais e pára-choques, além de bagageiro de teto também cromado na perua. Por dentro, as novidades passam por porta-copos moldados no console (não mais escamoteáveis saindo do painel), porta-óculos no local da alça de teto do motorista e um filete cromado, de bom gosto, em torno dos instrumentos.

O padrão de equipamentos melhorou: ar-condicionado com controle automático de temperatura, travamento das portas a distância (ausência criticada no anterior, exceto V6) e abertura interna do porta-malas e bocal de abastecimento são de série em todas as versões. O Turbo ganhou controle automático de velocidade, antes exclusivo do V6. E este, topo de linha, traz de série bancos dianteiros com aquecimento, limpador de pára-brisa automático, comandos de áudio e do controle de velocidade no volante, retrovisor interno fotocrômico e disqueteira para seis discos.

Faróis baixos são superelipsoidais, mais eficientes, e os altos de superfície
complexa; desenho das lanternas traseiras segue o mesmo estilo de motivos circulares

Para o V6 há agora opção de acabamento interno em couro bege, tom que abrange console, painel, portas e até os cintos de segurança. Nem todos apreciam o resultado, mas a VW espera a adesão de estrangeiros (sobretudo alemães e norte-americanos) residentes no País que rejeitam o brasileiríssimo -- e incoerente, em nosso clima tropical -- revestimento em couro preto.

Mais cilindrada, menos potência   Surpresa para muitos, a versão básica de 1,8 litro, duplo comando, 20 válvulas e 125 cv deu lugar ao mais modesto motor de 2,0 litros, comando único, oito válvulas e 116 cv do Golf, Bora e Beetle. Apesar da menor potência, o torque máximo passou de 17,1 m.kgf para 17,5 m.kgf ao mesmo regime de 3.500 rpm, o que representa mais agilidade no trânsito urbano e nas retomadas. Só quando se estica as marchas é que a perda aparece: a velocidade máxima, por exemplo, caiu de 201 para 193 km/h.

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