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A Engenharia da Fiat realizou um bom trabalho na suspensão da Adventure. Lombadas, buracos e outros "obstáculos urbanos" são absorvidos com grande eficiência e conforto muito superior à média dos utilitário-esporte, pois a suspensão é macia e a traseira tem funcionamento independente. Claro, há um preço a pagar: pneus de uso misto e centro de gravidade mais alto refletem-se em pior comportamento em curva e menor precisão nas manobras rápidas de direção. Ainda assim, o compromisso foi bem acertado, sendo possível viajar por asfalto como num automóvel normal.

Curso da suspensão é suficiente para encarar terrenos de alguma dificuldade, mas falta da tração integral deve ser lembrada para não entrar em apuros
No fora-de-estrada, guardadas as limitações da tração dianteira e transmissão sem reduzida, a Adventure comporta-se bem. O curso da suspensão permite superar pisos bem irregulares e os pneus conseguem aderência razoável. Pára-barros, contudo, seriam convenientes: em terrenos com pedras os pneus as jogam nos estribos, causando ruído e possíveis danos à pintura em uso prolongado. Se fossem bem desenhados ou de fácil remoção, os pára-barros não mereceriam críticas dos motoristas urbanos que a escolherão apenas pelo ar esportivo.

As novas propostas da marca de Betim, MG são inovadoras e devem ganhar mercado. A Adventure representa um nicho de pequeno volume, mas pode ser para muitos o veículo que faltava. Quanto ao Strada Cabine Estendida, é inevitável concluir que torna os pickups leves -- quase que exclusivos do Brasil -- ainda mais práticos e atraentes para um público que só tinha olhos para automóveis. A versão já representa 60% do mix de produção do Strada.

Adventure deve representar um volume pequeno para a Fiat, mas traz solução para muitos -- e pode ganhar adeptos dos pequenos jipes
"Como não pensamos nisso antes?", estão -- com certeza e com toda a razão -- perguntando-se as marcas concorrentes. Continua

Comentário técnico
* A suspensão traseira da nova perua Palio mantém a configuração independente, com braços arrastados longitudinais, utilizada nas outras versões e também no Brava e Marea. Em comportamento dinâmico e conforto, é um sistema muito superior ao eixo rígido utilizado no Strada, que tem como vantagens maior robustez e alinhamento mantido por toda sua vida útil.

* Além do cabeçote de duplo comando e 16 válvulas, o motor do Strada LX utiliza injeção seqüencial, enquanto no do 8-válvulas da Palio é semi-seqüencial. De resto são semelhantes, mas o 16V vem da Itália e o outro é produzido na Argentina.

* A Adventure recebeu diferencial quase 8% mais curto que o das versões normais de 1,6 litro, mas isso não se reflete na relação final, porque os pneus são mais altos na mesma proporção.

* Esses pneus, Pirelli Citynet All Whether, são do tipo cidade/campo e os mesmos empregados no Strada Trekking. A versão LX do pickup, aqui avaliada, conserva a medida 175/80, mas utiliza desenho mais voltado ao asfalto.

* Mais alta e com entre-eixos maior, a Adventure oferece ângulos de entrada e saída mais favoráveis que as demais Weekends. Passaram de 20 para 26 graus (entrada) e de 23 para 29 graus (saída).

* Os faróis montados no quebra-mato são de longo alcance ("milha") e por isso só se acendem em conjunto com os altos. Já os do pára-choque, comuns ao Strada, servem para neblina e podem ser ligados já com as lanternas.

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