Para toda obra
Versatilidade é o forte da Subaru
Outback, |
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A Subaru é uma marca japonesa, ainda não muito conhecida no Brasil, que produz automóveis para entusiastas por mecânica. Toda sua linha, do Impreza ao esportivo SVX importado anos atrás, oferece motores boxer (cilindros opostos, como Fusca e Porsche 911/Boxster) e tração integral permanente. Esta, ao contrário do que se pode pensar, objetiva melhor comportamento dinâmico no asfalto e não apenas maior capacidade fora-de-estrada. |
Motor com cilindros horizontais opostos, tração integral permanente: uma mecânica peculiar |
No caso da perua Legacy
Outback, porém, a proposta é outra. A exemplo da Volvo
V70 XC (leia avaliação) e agora da Fiat Palio Adventure, esta
versão pretende oferecer robustez e desempenho para
incursões por trilhas, sem abandonar as vantagens de
conforto e praticidade que peruas impõem sobre os
pesados utilitários-esporte. Vendida ao preço
promocional de R$ 55.000 (com câmbio manual) a R$ 59.000
(com o automático e os opcionais: bancos de couro, teto
solar duplo, bolsas infláveis e aerofólio traseiro), a
Outback coloca-se num meio-termo entre a cara V70 (US$
74.633) e a acessível Adventure (R$ 26.176). Ou
seja, não tem concorrência direta. Derivada da Legacy Touring Wagon redesenhada em 1995, a Outback exibe linhas conservadoras, mas não deselegantes. Os pontos mais polêmicos são o parrudo pára-choque dianteiro, com faróis de neblina incorporados, e a pintura em dois tons, bem ao gosto norte-americano. A distância entre-eixos cresce 4 cm e a altura total 6,5 cm, em função de pneus e suspensão mais elevados. As lanternas ocupam toda a largura da traseira, conferindo-lhe um ar diferente, e o teto sobe na altura dos bancos dianteiros. No exterior já foi lançada reestilização frontal (saiba mais), que deverá chegar ao Brasil no primeiro semestre de 2000. |
Ângulos de entrada e saída não são dos melhores, mas o curso longo da suspensão permite enfrentar caminhos ruins com robustez e muito conforto |
Quem nunca abriu a porta
de um Subaru vai-se surpreender com as janelas sem
moldura, ao estilo dos Opala e Corcel duas-portas de
outros tempos. Apesar da sensação interessante, só uma
análise prolongada decidiria se a solução não traz
como contraponto o surgimento de ruídos em velocidade. O
interior traz acabamento simples, mas bem-cuidado e que
parece resistente. A nota sofisticada fica por conta dos
apliques que imitam madeira no painel, console e junto
aos controles elétricos dos vidros, incluindo os
traseiros. A posição de dirigir é agradável, com ajustes de altura do banco e do volante (revestido em couro) e do apoio lombar do motorista. Qualidade de áudio (um toca-CD com painel removível), espaço para objetos e leitura dos instrumentos satisfazem. Surpreendente não haver porta-copos num automóvel destinado aos Estados Unidos, que chega a trazer advertência de lente convexa no retrovisor direito. O esquerdo, claro, é plano, mas permite campo de visão adequado. |
Detalhes imitando madeira dão alguma sofisticação ao interior sóbrio, mas de bom acabamento. Ajuste do apoio lombar e volante de couro tornam o dirigir mais agradável |
Detalhes positivos: luz indicadora de portas mal fechadas (além disso a luz de cortesia permanece acesa, alertando também os passageiros), mostrador de combustível que nunca se desliga, abertura interna da portinhola de abastecimento, repetidores de luzes de direção, pontos de serviço do motor com tampas amarelas, porta-moedas e antena elétrica. Como opcional há um duplo teto solar de controle elétrico, sendo o dianteiro apenas basculante. Por outro lado, faltam faixa degradê no pára-brisa, ajuste interno dos faróis, hodômetros digitais (mais seguros contra adulteração) e temporizador nos controles elétricos dos vidros. A buzina monotonal lembra a de um Fusca, o controle remoto das portas exige apontar para o sensor junto ao retrovisor interno (sistema por raios infravermelhos, sendo mais comum e prático o de radiofreqüência), o cofre do motor tem pintura básica, inferior à da carroceria, e o comando do limpador de pára-brisa induz o motorista a varrer o vidro, puxando a alavanca, quando pretendia acionar o lavador. |
Particularidade Subaru: portas sem molduras das janelas, possível fonte de ruídos. O porta-malas amplo, 488 litros, inclui tomada 12V para acessórios |
Grande em
comprimento (4,72 metros, 4 cm a mais que a Legacy TW e
quase o mesmo que a extinta Omega Suprema), a perua
Subaru mede apenas 2,63 metros entre eixos, pouco para o
segmento M2. Mesmo assim, o eficiente aproveitamento de
espaço proporciona farta acomodação para pernas,
ombros e cabeças de cinco pessoas, ainda que a posição
dos passageiros laterais traseiros seja prejudicada pelo
do meio. Continua |
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