Best Cars Web Site

Cada vez mais fácil

Clique para ampliar a imagem

Das trocas de marcha à limitação de velocidade, novas
tarefas agora são automáticas no A 190 Elegance

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Depois de quase quatro anos no mercado nacional, algumas evoluções e muitos boatos de que a fábrica de Juiz de Fora, MG seria desativada, o Mercedes-Benz Classe A já não atrai atenções nas ruas como antes, mas continua um carrinho interessante e diferente de dirigir. É que o Best Cars Web Site comprovou com a versão A 190 Elegance, pela primeira vez submetida a nossa avaliação completa com transmissão automática, que passou a ser padrão no modelo 2003.

Semelhante ao de Mercedes maiores, esse câmbio cativa mesmo os que preferem o velho e bom manual -- que, aliás, tem engates primorosos no Classe A. Além de cinco marchas, possui opção de mudanças manuais e uma lógica de funcionamento das melhores, que o leva a operar exatamente como o motorista deseja. Como exemplo, a rapidez com que se tira o pé do acelerador determina se a marcha atual será mantida, para gerar freio-motor, ou se uma superior será aplicada, para aproveitar a inércia do carro.

Clique para ampliar a imagem Clique para ampliar a imagem

Lançado na Europa em 1997, o Classe A já não impressiona pelo estilo, mas continua
moderno. A versão Elegance vem com grade prateada e bonitas rodas de alumínio

O modo automático permite seleção entre os programas de inverno, que provoca arrancadas em marcha longa (nem seria necessário, por haver controle de tração), e normal. Para passar ao modo manual basta mover a alavanca para a direita (troca ascendente) ou esquerda (redução) quando estiver em drive. O indicador digital de marcha no painel indica então qual está selecionada. Embora a operação frente-trás seja mais intuitiva, é rápido se acostumar ao movimento lateral.

Dois pontos melhoráveis: em modo manual a caixa não efetua a mudança ascendente ao chegar ao limite de rotações, o que seria conveniente em uma ultrapassagem mais apertada, nem permite acelerar mais a fundo em baixa rotação, o que leva à redução automática. Em outros câmbios do gênero -- o do Citroën C5 é bom exemplo -- é possível acelerar a 100% com o motor a não mais de 1.500 rpm, para menor consumo (saiba mais).

Clique para ampliar a imagem Clique para ampliar a imagem

O câmbio automático, com cinco marchas e operação manual, poderia ser melhorado
em alguns aspectos. O motor de 125 cv mal sente a perda de rendimento com ele

A transmissão automática afetou pouco o desempenho do Classe A: segundo a Mercedes, a velocidade máxima se mantém em 190 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h passa de 9,4 para 10,7 segundos, marca que ainda indica um veículo ágil. E, para surpresa de muitos, o consumo do automático é menor que o do manual em velocidade constante, única condição divulgada pela marca: a 120 km/h melhora de 11,9 para 12,5 km/l.

A explicação dessa vantagem, que contraria a regra, está nas relações de marcha bem mais longas do automático, que também o tornam muito mais agradável em uso rodoviário pelo menor nível de ruído: a 120 km/h são baixas 2.900 rpm, enquanto o A 190 manual chega a exageradas 3.600 rpm. O comprador pode esperar, porém, que o automático tenha maior consumo no uso urbano, em vista das perdas de energia inerentes ao conversor de torque dessa transmissão.
Continua

Avaliações - Página principal - e-mail

Data de publicação deste artigo: 7/12/02

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados