As vitaminas chegam ao Marea
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Este será mesmo o "ano dos motores"
para a Fiat. Começou com o 1,75-litro para o Brava HGT,
prosseguiu com o Fire 1,25-litro para a família Palio e
chega, agora em agosto, a uma unidade maior e mais forte
para o Marea e a Marea Weekend: cinco cilindros, 2,45
litros, 20 válvulas e 160 cv de potência -- o mesmo
utilizado pelo italiano Lancia Kappa, mas com 175 cv. |
Por fora, apenas as novas rodas e outros detalhes identificam o Marea revigorado. Mas a diferença é notada logo ao primeiro contato |
Aqueles que nos viram com
uma Weekend HLX, durante a avaliação efetuada na semana
anterior à do lançamento, pareciam não entender por
que um carro desse porte com motor de 142 cv teria sido
modificado. Donos de Marea dois-litros, no entanto,
saberiam a resposta: o motor anterior não fornecia o
torque em baixos regimes desejado de um sedã ou uma
perua familiar. Torque foi mesmo o objetivo do motor de 2,45 litros, que a Fiat anuncia como 2.4, rompendo um hábito de arredondar para cima a cilindrada efetiva (saiba mais). Com 22,4% a mais de capacidade cúbica, ganhou 18 cv (12,6%) de potência máxima. Já o torque cresceu 16%, passando de 18,1 para 21 m.kgf. Mais do que isso, o regime em que ocorre o ponto máximo caiu de 5.000 para 3.500 rpm e a distribuição é muito mais homogênea por toda a faixa útil: basta citar que, a baixas 1.500 rpm, já estão disponíveis 95% do torque. |
O ganho em desempenho absoluto é discreto, mas aparece nitidamente nas retomadas em baixo regime, como ao passar por lombadas, ou em subidas |
Elemento importante para
obter esse resultado é o coletor
de admissão (confeccionado em plástico) de geometria
variável, já
empregado no motor 1,75, mas não no dois-litros. O
comando de válvulas permanece com variador
de fase, outro
recurso benéfico ao torque. E a suavidade de
funcionamento não foi prejudicada pelo curso mais longo
dos pistões (90,4 mm contra 75,65 mm, tendo o diâmetro
passado de 82 para 83 mm), em função da árvore
de balanceamento
que anula vibrações. O 2,45 também adota acelerador eletrônico (drive by wire), como no Palio Fire, que concorre para respostas mais suaves ao pisar ou tirar o pé bruscamente do pedal, e sistema de alimentação de combustível sem retorno para o tanque, mais seguro em colisões porque a gasolina deixa de chegar ao motor quando se desacelera. |
O variador de fase do comando de válvulas permanece, mas o coletor de admissão de geometria variável vem auxiliar na distribuição de torque: 95% disponíveis a 1.500 rpm! |
O
desempenho absoluto dos novos Mareas não surpreende. A
velocidade máxima do sedã passou de 204 para 210 km/h (Weekend,
de 201 para 205 km/h) e a aceleração de 0 a 100 km/h
leva 8,6 s, contra 9,3 s (Weekend, antes 9,8 s, agora 9 s).
Os melhores resultados aparecem no uso cotidiano,
sobretudo se houver reduções freqüentes, como semáforos
e lombadas, e topografia rigorosa (muitas subidas). O
novo motor está sempre disposto, pronto a retomar
velocidade sem exigir mudanças de marcha. |
O jogo das grades: a do Marea dois-litros recebia uma moldura cinza-grafite, eliminada no Turbo em favor de um contorno interno de mesma cor e, agora, cromado no 2,45-litros. A parte externa, na cor da carroceria, passa a ser igual à do Brava, mas este vem com tela mais aparente |
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