O Elantra está de volta

Em geração totalmente nova, médio-pequeno da
Hyundai oferece conforto e 142 cv por preço adequado

Depois de alguns anos ausente do mercado nacional, o Hyundai Elantra está de volta. O modelo médio-pequeno da marca coreana, que passou recentemente à segunda geração, retorna em versão única GLS três-volumes de quatro portas -- a lacuna da perua será suprida pela minivan Matrix -- com motor 2,0 16V de 142 cv. Os preços vão de R$ 41.356 a R$ 49.902.

O novo Elantra parece um carro maior -- e realmente é. Cresceu 7,5 cm no comprimento, 6 cm entre eixos, 2 cm na largura e 3 cm na altura, mas ainda pertence ao mesmo segmento, com entreeixos de 2,61 m equivalente ao de Focus e Astra. A Hyundai faz uma confusa relação de concorrentes, que coloca Vectra e Polo Classic em uma mesma categoria, devido ao maior volume de vendas... Afinal de contas, admite que Civic e Corolla são os adversários diretos.

As linhas estão mais agressivas, com faróis de duplo refletor e superfície complexa ladeando a grade -- ela não existia no Elantra anterior, mas carros sem grade parecem mesmo não durar. O coeficiente aerodinâmico (Cx) é mediano, 0,33, enquanto a traseira sóbria, em declínio, não deve agradar a todos. O modelo antigo talvez fosse mais harmônico em seu conjunto.

Motor 2,0 de 142 cv, mais 14 cv sobre o anterior, permite bom
desempenho mas é algo ruidoso em rotações elevadas

O carro vem bem equipado: duas bolsas infláveis, ar-condicionado, direção assistida, ajuste de altura do banco e do volante, apoio lombar regulável, banco traseiro bipartido. Há bom espaço para objetos, incluindo garrafas nas portas, copos no console e óculos no teto. Os opcionais são câmbio automático, ar-condicionado com controle automático de temperatura e sensor de poluição (fecha a admissão de ar externo se necessário), toca-CD, computador de bordo, controlador de velocidade, faróis de neblina, rodas de alumínio, freios antitravamento (ABS) e revestimento em couro de bancos e volante.

Desenvolvido pela própria Hyundai, o motor 2,0 16V -- similar ao do esportivo Coupé -- entrega 142 cv, potência das maiores do segmento, e tem 17 m.kgf de torque a 2.500 rpm (o máximo, 18,6 m.kgf, aparece a 4.500 rpm). No modelo anterior eram apenas 128 cv e 1,8 litro. O escapamento possui uma válvula de restrição que só se abre em altas rotações, melhorando o torque e o ruído nas baixas. A marca anuncia boas marcas de desempenho e consumo (confira), que coincidem com as impressões obtidas na rápida avaliação do Elantra pela imprensa.

Agradaram o bom rendimento do motor e a suavidade e silêncio da suspensão, embora o motor se torne ruidoso em altas rotações. O acabamento geral é correto e a posição de dirigir agradável. O câmbio automático do tipo fuzzy-logic evita trocas sucessivas e desnecessárias em subidas de serra, por exemplo. Esse bom conjunto, somado à garantia de quatro anos ou 80 mil quilômetros oferecida em todo Hyundai, faz do Elantra uma boa opção no segmento médio-pequeno de luxo -- a marca espera vender 1.500 deles este ano.

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