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Técnica
Em velocidade superior, embora a alavanca passe para a posição de ré, o câmbio fica em ponto-morto até que se caia para a faixa de 10 km/h.

> A seleção entre as posições D, S e L pode ser feita a qualquer velocidade?

Sim. De acordo com a velocidade e o modo como o acelerador vinha sendo movimentado, pode ocorrer ou não um aumento de rotação ao passar para uma posição com relações mais curtas (de D para S, ou de S para L, ou mesmo de D para L diretamente). Caso o motor já esteja no regime de potência máxima no momento da mudança, seu efeito só será sentido quando o motorista aliviar o pé, através do maior freio-motor.

> O CVT permite partida com o carro sendo empurrado ("tranco")?

Não. Se o motorista tenta passar a qualquer marcha com o veículo em movimento, o comando é ignorado e o câmbio permanece em ponto-morto. Vale observar que em câmbios automáticos comuns o “tranco” também não é possível há muito tempo.

> O CVT possui avanço lento?

Sim. Este efeito, chamado em inglês de creeping (do verbo to creep, rastejar), indica que o carro se move sozinho com uma marcha engatada e o freio liberado, mesmo sem se usar o acelerador. É um fator de conveniência no tráfego lento, pára-e-anda, embora exija o uso constante dos freios para o manter parado.

É importante salientar que o efeito de avanço sempre impõe desgaste de embreagem, mesmo com o carro no plano mantido imóvel com o freio. O ideal é procurar não usá-lo, colocando o câmbio em ponto-morto. Embora a fábrica tenha previsto o avanço lento e o efeito sobre o revestimento do disco de embreagem, todo atrito provoca desgaste. O que o fabricante quis fazer — dar ao câmbio um “jeito” de automático — pode sair caro para o bolso do consumidor.

> O Fit mantém-se parado em aclives, sem uso dos freios? Ele recua ao arrancar nessas condições?

Mantém-se parado, mas só em aclives suaves. Nos mais pronunciados recua, como ocorre com os câmbios automáticos (só que o motor não morre, ao contrário de alguns destes) e também dos manuais com embreagem automática.
O que pode vir a se tornar problema mesmo é que o motorista, ao descobrir que pode manter o carro parado “no acelerador” mesmo em subidas mais acentuadas, passe a utilizar esse recurso e a provocar rápido desgaste da embreagem, que não é coberto pela garantia.

Como em todo câmbio automático, é importante lembrar que a ausência de pedal de embreagem permite usar o pé esquerdo para frear, o que facilita a saída.

> Para arrancadas vigorosas pode-se segurar o carro no freio até o motor atingir a melhor rotação?

É possível, mas não deve ser usado jamais, pois a embreagem pode inutilizar-se rapidamente. O motor só atinge cerca de 2.500 rpm enquanto o freio é acionado, rotação comparável à de estol de alguns câmbios automáticos. O indicado é liberar o freio e então acelerar totalmente, o que logo leva o motor a seu regime de potência máxima.

> O câmbio CVT permite usar o motor pelo método carga, para poupar combustível?

Não. Pressionar a fundo o acelerador, mesmo que gradualmente, provoca encurtamento de relação pelo câmbio, eliminando a vantagem. Por isso, o motorista habituado a este método obterá menor consumo com o Fit de caixa manual. Mas o CVT traz mais economia do que o automático tradicional, que perde energia devido ao conversor de torque.

> O câmbio tem alguma rotina de manutenção prevista?

Sim: apenas a troca do fluido (ATF, mesmo tipo usado nos automáticos comuns) aos 80.000 km ou 4 anos, e depois a cada 60.000 km ou 3 anos. A capacidade total é de 6 litros, mas na troca só saem 2,7 litros.

> Há no câmbio alguma previsão para uso em caso de defeito no sistema eletrônico, de maneira que o veículo possa chegar a uma oficina pelos próprios meios?

Sim. O manual do Fit orienta o motorista a levar o carro a uma concessionária, sem acelerações rápidas, caso a luz da posição D no indicador de marchas do painel pisque com o veículo em movimento, em qualquer marcha.

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