De bicicletas a automóveis

A inglesa Humber começou pelas duas rodas e chegou
a fabricar carros de prestígio, como o médio Sceptre

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Várias empresas automobilísticas começaram suas atividades no final do século 19 produzindo bicicletas, passaram pelas motocicletas, depois os triciclos e por fim os quadriciclos, que se tornaram automóveis. E foi assim com a inglesa Humber, fundada por Thomas Humber na cidade de Sheffield em 1868. A empresa se desenvolveu tanto que tinha unidades fabris nas cidades de Nottingham, Beeston e Wolverhampton.

Os ventos eram tão bons que abriram uma quarta fábrica em Coventry, em 1889. Foi onde começaram os triciclos e quadriciclos motorizados. Naquele ano veio o primeiro modelo, com motor de 3,5 cv. Em 1903 já produziam um pequeno carro com chassi tubular e motor monocilíndrico de 5 cv. Em 1926 a companhia comprava a Commer Cars e, dois anos depois, passava às mãos da Hillman.

O primeiro Sceptre seguia o estilo típico inglês na frente, com grade quadrada e quatro faróis, associado a pequenas aletas na traseira e vidro posterior envolvente

Em 1932 ambas estavam inseridas no Grupo Rootes. A Humber seria a marca topo-de-linha. Antes da Segunda Guerra Mundial fabricou modelos de destaque como o Snipe, sua versão alongada Pullman e uma mais luxuosa deste, a Imperial. Durante o conflito destacou-se por veículos de combate e caminhões, que se tornaram famosos na África. Após a guerra a Humber continuou com os modelos de antes, com poucas mudanças, e lançou o Hawk Mk1, com motor de quatro cilindros, 1.944 cm³ e 56 cv.

Variações do Snipe foram inseridas, mas só na década de 1960 estrearia um modelo realmente novo. O Grupo Rootes já pertencia então à Chrysler americana. A Hillman e a Humber tinham um projeto em andamento: o Sceptre, que seria lançado no Salão de Bruxelas, na Bélgica, em 1962. Era um novo carro, mas com linhas já algo superadas. A intenção era que nascesse como Hillman, mas os dirigentes da Rootes decidiram pela marca Humber por ter mais prestígio.

Embora não fosse um carro grande, este Humber oferecia bom espaço interno e para bagagem; o motor inicial de 1,6 litro fornecia 78 cv

O sedã de três volumes tinha um pára-brisa envolvente e alto, vidro traseiro também visto da lateral e carroceria que misturava linhas curvas e retas. Na frente, quatro faróis circulares e a grade quadrada seguiam a tendência de estilo tradicional britânica de Rolls-Royce, Jaguar, Alvis e Daimler. Perpendicular a ela havia grades de entrada de ar, que contornavam a frente até a lateral. Atrás, aletas ("rabos de peixe") discretas e lanternas horizontais oblongas. Continua

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Data de publicação: 10/4/07

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