O Polara 1963 crescia de novo, embora oferecesse motores de menor cilindrada, incluindo um seis-cilindros de 3,7 litros

A Dodge foi tomada de surpresa com seus carros reduzidos em 1962, que pareciam concorrer mais com o médio Ford Fairlane que com os grandes desta marca e da GM. Só não foi pior para a pretendida retomada em vendas porque o Polara ganhava uma interessante versão, a 500, um cupê hardtop com bancos dianteiros individuais e ar mais esportivo. Outra novidade era o motor de 413 pol³ (6,8 litros) e dois carburadores quádruplos, que fornecia robustos 410 cv e 63,6 m.kgf. As formas estavam mais retilíneas, com apenas dois faróis e sem aletas nos pára-lamas.

No ano seguinte o Polara voltava a crescer, ficando com 5,33 m e um entreeixos de 3,02 m. Havia três opções de motores, só que menores que os usados até então: o Slant Six de seis cilindros em linha, 225 pol³ (3,7 litros), 145 cv e 29,8 m.kgf; um V8 de 318 pol³ (5,2 litros, como nos Dodges brasileiros), 230 cv e 47 m.kgf; e o conhecido 383, agora com 305 cv e 56,6 m.kgf.

A carroceria lançada para 1965 era ampla e equilibrada, com opção entre vários formatos; o motor Hemi de 7,0 litros já estava disponível desde o ano anterior

A boa aceitação do hardtop fez com que, na linha 1964, surgisse um sedã quatro-portas com o mesmo estilo, em opção ao sedã convencional. Nesse ano era acrescentado ainda o V8 Hemi de 426 pol³ (7,0 litros), com câmaras de combustão hemisféricas e desempenho expressivo: 365 cv e 63,6 m.kgf na versão com um só carburador quádruplo, 415 cv e 65 m.kgf na de dois carburadores. O câmbio podia ser manual de quatro marchas ou automático de três.

Em 1965 chegava uma nova geração, agora com a família completa — sedã, perua, cupê hardtop, conversível — e dimensões generosas. As formas eram sóbrias e retilíneas, um padrão americano na época, mas a posição de topo de linha na Dodge era entregue ao novo Monaco, que começava como um cupê e ganharia as demais opções de carroceria no ano seguinte. O Polara crescia cerca de 15 centímetros na reformulação de 1967, que trazia também freios dianteiros a disco e interior mais seguro, com a redução de elementos que pudessem ferir em caso de acidente.

Ao lado do "estilo fuselagem", o Polara 1969 trazia maior entreeixos e motores de até 7,2 litros

Dois anos mais tarde o Fuselage Look (estilo fuselagem) da corporação era aplicado a uma nova geração, com formas mais arrojadas e imponentes. A oferta continuava ampla: sedã convencional e hardtop de quatro portas, cupê hardtop, conversível e perua de cinco portas. O cupê Polara 500 vinha com bancos dianteiros individuais e lanternas que tomavam quase toda a largura da traseira; o conversível trazia comando elétrico da capota. Os motores eram os V8 de 318, 383 e 440 pol³, este o Magnum de 7,2 litros. O comprimento chegava a 5,60 m, com entreeixos de 3,10 m.

A esse tempo a Dodge ofereceu um dos carros policiais mais rápidos de sua época, o Polara Pursuit. Com o V8 440 preparado para 375 cv, atribui-se a ele aceleração de 0 a 96 km/h em 6,3 segundos, tempo que daria trabalho a qualquer motorista de "carro musculoso" que desafiasse a lei. Outra reforma visual chegava na linha 1970, com grade, faróis e lanternas traseiras embutidos nos volumosos pára-choques. Esse padrão era mantido na ligeira reestilização de 1972, mas um ano depois os quatro faróis vinham em separado, em posição mais alta. E 1973 foi o último ano para o Polara, que oferecia os motores V8 de 318, 360, 400 (6,6 litros) e 440 pol³.

A versão argentina de 1972: frente e traseira diferentes do original americano e motores menores, com opção a diesel anos depois

O modelo chegou a fazer carreira na Argentina como sucessor do Valiant, lançado no país em 1962. A produção local do sedã Polara e de sua versão mais luxuosa Coronado, ambos com o motor seis-em-linha de 3,7 litros e 137 cv, começava em 1968. O cupê, inserido pouco depois, vinha com carburação especial ou com o V8 de 5,2 litros. Em 1972 as linhas eram remodeladas na frente e na traseira, além do painel. Quatro anos mais tarde chegavam a versão R/T, com o seis-cilindros mais potente, e uma opção a diesel de 3,3 litros e apenas 71 cv, visando ao mercado de táxis. O Polara argentino saiu de produção em 1979.

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