O interior do 2600 GT era refinado, com acabamento luxuoso, um completo painel composto de sete instrumentos (como no modelo menor) e o clássico volante com aro de madeira e três raios metálicos. O motor V8 de 2.580 cm³ e três carburadores de corpo duplo, também com comando no cabeçote e correia dentada, desenvolvia 140 cv a 5.600 rpm e era praticamente a junção de duas unidades de 1,3 litro, o que reduzia os custos de produção. O carro acelerava de 0 a 100 km/h em 10 segundos e atingia 195 km/h. A mecânica incluía freios a disco nas quatro rodas (os traseiros internos, juntos ao diferencial), suspensão dianteira independente por braços sobrepostos e traseira por eixo DeDion, além de amortecedores com nivelamento de altura e pneus 175 HR 14. Pesava 1.350 kg. |
No amplo 2600 GT a opção de Frua foi por um estilo retilíneo, que lembrava o do Maserati Quattroporte e causou o apelido de "Glaserati" |
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Em
seu segmento apareciam marcas mais tradicionais, algumas de grande
prestígio, com carros de desempenho e preço semelhante. Na própria
Alemanha havia o BMW 2000 C/CS
e, por valor pouco maior, o
Mercedes-Benz 250 SL cupê ou roadster e o
Porsche 911 de 2,0 litros. Os
ingleses ofereciam o Lotus Elan (menor,
mas próximo em preço), o Rover 3000 Mk III cupê e o
Sunbeam Tiger V8; os italianos, o Alfa
Romeo 2600 Sprint, o Fiat Dino e o Lancia
Flaminia V6, estes últimos com escolha entre cupê e conversível; e os
suecos dispunham do Volvo P 1800 cupê. |
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Com a adoção pela BMW o motor V8 de 2,6 litros era ampliado para 3,0, com 160 cv, mas o GT continuava a ser vendido como um Glas |
Não havia alterações de estilo, a não ser pela conhecida grade
"duplo-rim". Os retrovisores montados nos pára-lamas, acima das rodas,
pareciam os de um carro japonês da época. O peso aumentava um pouco,
970 kg. A revista italiana Quattroruote considerou-o um carro
"pronto e ágil, sensível e seguro, com bom comportamento em estrada,
um motor compacto, eficiente em todos os regimes, câmbio muito bem
escalonado, manobras fáceis e rápidas". E concluiu: "É um automóvel
que, especialmente em circuito misto, deve dar satisfação ao
motorista". |
O interior do 3000 GT: fartura de instrumentos e volante de madeira com raios metálicos, a receita habitual nos cupês grã-turismo da época |
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A
mesma Quattroruote opinava sobre ele: "O interior, se não é
moderníssimo, é bem-acabado como em outros carros alemães. Painel de
fácil leitura, posição de dirigir bastante funcional". Elogiado pela
direção assistida, criticado pelas relações de marcha "mais de carro
turístico que de esportivo", o grande cupê era afinal definido como
"um honesto grã-turismo, que se ressente um pouco de seu projeto muito
superado". |
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