Um sucesso em homenagem a Fangio

Alusivo ao quinto campeonato do argentino, o Maserati
Mexico combinava conforto para quatro a potentes V8

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Poucos países da América Latina se destacaram no mundo do automobilismo: o Brasil com seus pilotos de inegável talento, a Argentina com o grande Juan Manuel Fangio e o México, com os irmãos Rodrigues e a famosa corrida Carrera Panamericana. Mas uma das mais importantes e famosas fábricas de carros esporte da Itália tem uma ligação estreita com a Argentina e o México. Esta empresa de Modena, na Itália, foi fundada pelos irmãos Alferi, Bindo, Carlo, Ettore, Ernesto e Mario Maserati em 1926. À frente da família ficava Alferi.

O primeiro carro construído foi um modelo para enfrentar as pistas. Foi disputar a famosa Targa Florio com um motor de oito cilindros em linha e 1,5 litro. De 1947 em diante, a Maserati dedicou-se a carros de corrida e de grã-turismo. E deixou sinais de prestígio nas páginas da imprensa mundial, sempre se destacando em vitórias. Adotou o símbolo do tridente do deus Netuno para identificar melhor sua marca.

O primeiro Mexico foi um carro único, desenhado por Michelotti para um cliente especial; as janelas laterais traseiras são uma das diferenças de estilo

Em 1957, Fangio ganhava seu quinto título mundial, pilotando um Maserati com motor de seis cilindros em linha, 2,5 litros e 290 cv. A fábrica também levou o título de construtores, por ter vencido quatro provas, e sua vitória em terras mexicanas foi muito honrosa. Para prestar homenagem a essa prova foi apresentado, no Salão de Turim de 1965, o Maserati Mexico, cuja carroceria era obra da competente casa Vignale.

Construído sobre um chassi tubular, o carro era um projeto específico para um cliente especial, que não encontrara uma opção normal de fábrica depois que o cupê 5000 GT havia sido descontinuado. O belo esportivo tinha a autoria do competente Giovanni Michelotti e suas linhas agradaram muito, a ponto de convencer a Maserati à produção em pequena série. Uma versão retocada com esse fim aparecia no ano seguinte no Salão de Paris.

A versão de produção surgiu com motor V8 de 4,7 litros e 330 cv, mas o de 4,1 litros e 260 cv viria ampliar a oferta três anos depois

Na frente havia quatro faróis circulares e uma bonita grade com frisos horizontais e verticais, quase dividida e com o belo escudo bem no meio. Com a traseira curta, retilínea, suas lanternas ficavam em posição horizontal e eram de gosto duvidoso. Destaque nos pára-lamas traseiros eram os dois bocais para abastecimento de combustível. Raro para um esportivo, sua área envidraçada era ótima. Visto de lado, era um automóvel muito bonito, atraente e com uma leve esportividade. Nos pára-lamas dianteiros havia uma pequena entrada de ar e os pára-choques eram cromados. Continua

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Data de publicação: 6/12/05

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