Seu desempenho, aliado ao menor peso do Duster, era próximo ao de modelos maiores como o Road Runner: aceleração de 0 a 96 km/h em seis segundos, quarto-de-milha em 14,5 s, velocidade máxima perto de 200 km/h. A versão vinha ainda com suspensão mais firme (com barras de torção mais rígidas na frente e molas adicionais no feixe traseiro), freios a disco à frente, ainda raros na época, e painel exclusivo. Tornou-se de imediato um membro do grupo a que a Plymouth chamava Rapid Transit System. |
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"O mais rápido e o mais novo": ao lado do desejado 340, o Twister (na direita) oferecia visual semelhante por um preço menor, pois o motor de topo para ele era o V8 de 5,2 litros |
Comparado a um Ford Maverick, era
bem mais amplo por fora e por dentro, tinha maior porta-malas,
melhores freios e maior garantia por um preço semelhante. E andava
tanto quanto um Mustang 351, embora custasse 25% a menos. Logo era
inserida uma versão com detalhes de acabamento mais luxuosos, a Gold
Duster, apenas com os motores 225 e 318. Em 1971 a divisão Dodge
passava a oferecer um equivalente, o Demon, que no entanto nunca
repetiu seu sucesso. |
Depois de perder potência com a gasolina sem chumbo, o Duster de 1973 trazia alterações de estilo e opção de banco traseiro rebatível |
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Embora uma ampla reformulação estivesse prevista para a linha 1972,
ela não aconteceu por uma contenção de verbas. Isso não prejudicou as
vendas de Valiant, Duster e de seus "primos" da Dodge, o Dart e o
Demon: juntos, detinham 30% de sua categoria. A única novidade não era
das melhores: uma redução na taxa de compressão do motor 340, para
poder usar gasolina sem chumbo — esse recurso para ganhar
octanagem era abolido nos EUA.
Somada à adoção de método líquido de
medição, a mudança fazia o valor nominal de potência cair de 340 para
240 cv (na prática a queda era bem menor, pois o valor anterior era
bruto). O Slant Six 198 deixava a oferta. |
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Os pára-choques reforçados macularam o estilo, mas o pior aconteceu sob o capô em 1974: o 340 deu lugar ao mais pesado 360, o começo do fim |
Em
1974 o venerado motor 340 dava lugar ao 360, com 5,9 litros e 245 cv.
Vinha apenas com câmbio automático e, apesar do ganho em torque (de 40
para 44,2 m.kgf), deixava o carro bem mais pesado. Foi um ano de muito
êxito para a linha Duster: quase 477 mil exemplares vendidos. Contudo,
a Chrysler sinalizava um novo caminho para seus compactos, que
deveriam oferecer mais luxo e conforto para conquistar o público de
carros maiores. E o Duster não se enquadrava nesse conceito. O
declínio começou em 1975, com a extinção do Twister e uma perda de 15
cv no motor 360 (caía para 230 cv), que ficava com a mesma potência do
318. As vendas responderam com uma queda acentuada. |
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