Além de ter o que eram considerados os mais modernos freios do mundo, o H6 tinha uma direção precisa e de respostas rápidas, que demandava muito menos bíceps do motorista para um carro de mais de cinco metros, sendo 3,69 m deles entre eixos. Uma crítica freqüente era feita à decisão de Birkigt de adotar câmbio de três marchas, que desperdiçava o potencial que uma marcha extra aproveitaria. |
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Outra versão de carroceria interessante: o cupê conversível construído por Million-Guiet sob licença de Vizcaya, em alumínio, a partir de um H6B de 1929 |
No
topo do radiador vinha o ornamento-símbolo da marca desde 1918, uma
cegonha cortando o ar. Era homenagem a um dos ases mais ousados da
aviação francesa, Georges Guynemer, desaparecido em setembro de 1917.
Seu avião tinha motor da marca espanhola. Como era comum com
fabricantes de automóveis de luxo, as carrocerias vinham de
construtores especializados. A Hispano-Suiza “trajava” obras de
artistas renomados como Labourdette, Weymann, Kellner, Carlton,
Carriage, Galle, Duquesne, Duvivier, Binder, Vanvooren, Saoutchik,
Forcada e Darrin. |
O interior luxuoso do mesmo H6B: apesar de todo o requinte, os modelos da Hispano Suiza foram bem-sucedidos também em competições |
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Os
melhores Hispanos eram carros que esbanjavam classe, mas também podiam
participar de corridas com propriedade. Em 1921 o rico esportista
André Dubonnet ganharia a Coupe Boillot, prova de carros esporte em Bolougne, a bordo de um H6,
proeza que repetiria tempos depois.
No ano seguinte chegavam os H6B 32 CV (referência à potência fiscal
francesa, não à do motor), versão com desempenho um pouco melhor.
Rendia 135 cv a 3.000 rpm e chegava a 135 km/h. Curiosamente, ele
também seria feito sob licença pela checa Skoda de 1924 a 1927. |
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Com o H6C, lançado em 1924, vinha um motor maior, de 8,0 litros e 145 cv, que o levava à velocidade máxima de 145 km/h |
A
Hispano-Suiza introduzia em 1931 um motor ainda maior, um V12 de 9,5
litros e comando no bloco, que encobria os méritos do seis cilindros.
Porém, assim como para concorrentes da época que lançaram seus V12, a
novidade chegava em uma fase complicada da economia, depois da queda
da Bolsa de Nova York em 1929. Puristas da marca ainda consideram o H6
o mais bem-sucedido produto da marca. Enquanto ele oferecia luxo,
velocidade e refinamento, competidores como Rolls-Royce, Bentley e
Isotta Fraschini traziam um ou dois desses aspectos, mas somente no
fim dos anos 1920 puderam se equiparar a ele. |
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