A primeira impressão do carro foi boa o suficiente para a revista Motor Trend elegê-lo Carro do Ano de 1971. Apesar de sua frustração inicial, DeLorean estava decidido a fazer o Vega vingar, pois sua reputação e a da divisão mais forte do maior fabricante do mundo estavam em jogo. Na linha de produção em Lordstown, Ohio, anunciada como a mais automatizada do país, vários inspetores buscavam defeitos a tempo de corrigi-los rapidamente — tão rápido que o sindicato se indispôs com as árduas condições de trabalho. |
A linha 1971 do Vega: quatro modelos, incluindo a perua e uma versão com a traseira fechada que servia como furgão |
![]() |
A Chevrolet planejava
vender 400 mil Vegas por ano. Tais cálculos só não consideravam a
greve de dois meses e meio que parou Lordstown logo após 24 mil
exemplares produzidos. Mesmo assim, por mais complicada que fosse a
trajetória do modelo, ele jamais poderia ser considerado um fracasso
comercial. Com preços a partir de 2.100 dólares, passou com folga das
200 mil unidades naquele ano — e as vendas nem seriam o maior
problema. |
Em 1974, nova frente mais atraente e pára-choques um tanto mais robustos Em 1972, após a
Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE) padronizar a
potência líquida, seus valores
ficavam em 72 e 85 cv (conforme a carburação) a 4.400 rpm. A
remodelação de 1974 inclinou a grade, aprofundou faróis, reduziu as
lanternas a duas e reforçou bem os pára-choques, como exigiam as novas
normas de segurança. Ficava bem, especialmente na versão GT. O
desempenho também recebeu atenção: a
preparação Yenko Stinger Turbo já fornecia 155 cv brutos, em 1971, e
até um motor rotativo Wankel foi considerado pela Chevrolet. |
![]() |
O curioso Cabriolet: um sedã com metade da capota revestida em vinil, mas nada de conversível como seu nome sugeria |
Até o patriotismo servia de apelo no Vega “Spirit of America”, branco com faixas azuis e vermelhas, para celebrar os 200 anos da independência americana. Mas a corrida da Chevrolet seria em vão: o estrago estava feito. Após ganhar caixa de quatro marchas de série na linha 1977, que já não incluía o Cosworth, o Vega virava história. O Monza e o Chevette locais (apenas este último algo semelhante ao brasileiro) já atendiam ao mesmo público dos importados pequenos. Com uma carreira que foi tudo menos brilhante, o Vega ao menos acertou num ponto: abriu caminho para a GM num segmento que veio para ficar. |
Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos © Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados |