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Dez anos depois surgia o Sonett II, baseado no carro-conceito MFI 13, ou Saab 97, apresentado em 1965. O novo esporte era um cupê compacto de linhas estranhas, com uma capota mais alta do que o conjunto exigiria para uma aparência harmoniosa. Interessante era a abertura do capô, levando junto os pára-lamas, rara em modelos deste porte. Na traseira, o destaque era o vidro amplo e envolvente, que porém não se abria.

O Sonett II (aqui e na foto que abre este artigo) adotava um perfil diferente, com teto rígido e amplo vidro traseiro; o motor V4 chegava pouco depois

A mecânica do Saab Monte Carlo, com motor dois-tempos de três cilindros, 841 cm3, três carburadores e 60 cv, o levava a 150 km/h, mas não durou muito. Após somente 258 unidades, a marca adotava o V4 a quatro tempos do 96, de 1,5 litro e 65 cv, além de freios dianteiros a disco. A velocidade máxima passava a 160 km/h e, curioso, era mantida a roda-livre. Com ele, 1.610 Sonetts II chegaram ao mercado.

Em ambas as versões o câmbio era de quatro marchas. O carro media apenas 3,77 metros de comprimento e 2,14 m entre eixos e pesava só 660 kg (725 kg com o V4). O motor maior, contudo, exigiu uma elevação do capô que o tornava ainda menos atraente. Era preciso remodelar o carro para o adequar ao V4.

Para adequar a carroceria ao novo motor, a Saab lançava em 1970 o Sonett III: pelo desequilíbrio de linhas, talvez devesse ter mantido o anterior...

Introduzido em 1970, o Sonett III era o resultado da intervenção do projetista italiano Sergio Coggiola no desenho da segunda geração, em que apenas a seção central não poderia ser modificada. Como ficou? Não era, mais uma vez, um exemplo de beleza: a frente baixa e longa parecia enxertada de outro carro, contrastando com a cabine compacta e alta e a traseira curta. O carro agora media 3,90 metros, com o mesmo entreeixos.

O capô não tinha mais o recurso de ampla abertura, mas o porta-malas estava mais espaçoso e fácil de utilizar, pois o vidro (agora menor) enfim se abria. A alavanca de câmbio mudava-se da coluna de direção para o assoalho, como convinha a um carro esporte, e o volante era revestido em couro (como opção, também os bancos). O desempenho adequado, graças ao baixo peso de 770 kg, melhorava em 1971 com o motor de 1.698 cm3.

Com ar-condicionado e motor V4 de 1,7 litro, o modelo se afastava do conceito original de 1956, mas agradava ao mercado americano

Os americanos apreciaram a novidade e foram os maiores compradores entre as 8.351 unidades produzidas. Em 1972 ganhava ar-condicionado e, no ano seguinte, pneus 165 SR 13 (em vez de 155) e pára-choques reforçados para atender às normas de segurança dos EUA. O estilo perdia ainda mais.

Em 1974 o Sonett III saía de produção: a empresa não julgava viável o investimento para o enquadrar nas normas de emissões poluentes daquele país. Depois dele, a Saab nunca mais arriscou-se em pequenos carros esporte, preferindo oferecer versões de alto desempenho de sua linha convencional — já em 1978 surgia o 99 Turbo.

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