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O primeiro de uma série de sucesso

A Série 3 da BMW teve início na geração E21, que
já trazia na mecânica o tempero esportivo da marca

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A primeira geração da Bayerische Motoren Werke (BMW), ou Fábrica de Motores Bávara, a utilizar a denominação Série 3 foi a de código E21. Lançada na Europa em julho de 1975, substituía a linha iniciada em 1961 e que tinha no 2002 sua versão de topo (leia história). Apenas a versão básica 1502 foi mantida por algum tempo, como opção econômica naquele tempo de petróleo escasso.

O novo desenho agradou de imediato: as linhas eram leves, harmoniosas, com ampla área envidraçada e -- muito importante já na época -- guardavam toda a identidade da marca. Dos quatro faróis redondos ao canto inferior arredondado das janelas traseiras, passando pelas lanternas posteriores de perfil baixo, o Série 3 era um típico BMW.

No anúncio do 320i nos EUA, a essência da
marca: você o dirige, não o contrário

As versões iniciais eram designadas como 316, 318, 320 e 320i, sendo o número 3 referente à série e os demais algarismos à cilindrada aproximada de 1,6, 1,8 e 2,0 litros, na ordem. A letra "i" representava a substituição do carburador Solex pela injeção Bosch K-Jetronic. Essa forma de designar versões permanece ainda hoje na marca, embora com diversas exceções (hoje têm-se o 320i de 2,2 litros e o 540i de 4,4 litros, por exemplo).

Não apenas no estilo era um autêntico BMW, mas também na mecânica. Além da tração traseira, hoje rara no segmento mas comum àquele tempo, havia a suspensão dianteira McPherson (montada com certa angulação para trás, de modo a gerar efeito antimergulho nas frenagens), a traseira independente por braço semi-arrastado, os freios a disco ventilados à frente e a direção de pinhão e cremalheira. Tudo concorria para um comportamento preciso, como os bávaros nos ensinaram a apreciar em seus automóveis.

Com o 323i, a Série 3 ganhava imagem esportiva: motor de seis cilindros e 143 cv de potência, bom comportamento dinâmico, diversos acessórios

O Série 3 não era um esportivo, porém. Os motores iniciais eram todos de quatro cilindros, com potência líquida de 90, 98, 109 e 129 cv, na mesma ordem anterior. O mais potente, o 320i, acelerava de 0 a 100 km/h em 10 s e atingia 180 km/h. No mercado americano apenas esta versão era vendida, pois a injeção facilitava atender às normas de emissões poluentes, embora os 129 cv caíssem para apenas 110.

Dois novos seis-cilindros em linha viriam mudar esse quadro em setembro de 1977. Posicionados entre o 2,0 do 320 e o "seis" dos modelos superiores da marca, que começava em 2,8 litros, eram modernas unidades de 2,0 e 2,3 litros, diferenciadas no curso dos pistões (80 x 66 mm e 80 x 76,8 mm, na ordem) e na alimentação: carburador para o motor menor, injeção para o maior. O 2,0 desenvolvia 122 cv e chegava a 181 km/h; o 2,3 entregava 143 cv e o levava a 200 km/h, com aceleração de 0 a 100 em 8,8 s. O 323i vinha ainda com freios a disco traseiros. Continua

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Data de publicação deste artigo: 1/10/02

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