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Se a final não era tão alta, a arrancada era ótima -- e este detalhe o motorista americano sempre apreciou. Sempre gostaram muito de queimar pneus e "descascar" o asfalto. Por fora, a identificação se dava pelas faixas pretas laterais, bonitas rodas esportivas e entradas de ar no capô. Em 1969 era lançada a série Big Bad (grande e mau), vendida nas cores laranja, verde e azul, todas gritantes. A motorização era a mesma do SST.

A série Big Bad era vendida nas cores azul, verde e alaranjado, todas muito chamativas: fazia parte do charme de ter um fastback esportivo como o Javelin

O Javelin foi para as pistas. Com o patrocínio da companhia petrolífera Sunoco, nas cores azul, branco e vermelho, o piloto Mark Donohue -- grande campeão das provas Can-Am e que chegou a correr na Formula 1 -- foi fiel à marca durante muito tempo no campeonato americano Trans Am. Com ele o Javelin fez bonito frente aos concorrentes.

Por causa disso, em 1970 eram lançados o SST Mark Donohue e o SST Trans Am, que traziam a assinatura do piloto no spoiler traseiro, aplicado ao modelo de rua para sua homologação. Podia-se escolher entre motores 360 e 390, câmbio automático ou o manual com trambulador Hurst.

Em 1971 o carro sofria uma alteração radical na carroceria. Ficava um pouco maior, mais atual e bonito. O que mais chamava a atenção eram os ressaltos nos pára-lamas, que faziam um grande diferença no estilo e tornavam o carro inconfundível. Na frente a grade não era mais dividida e podia trazer luzes de direção redondas na cor âmbar. Nas extremidades, poderosos faróis.

Assinatura de prestígio: a série especial SST Mark Donohue, com motores de 360 e 390 pol3, trazia spoiler traseiro assinado pelo piloto

No final da capota havia uma ligeira elevação, quase um spoiler, e na traseira um aerofólio empinado completava o charme. Sobre o capô,uma faixa preta em T invertido na versão SST. Estava dois centímetros mais baixo (1,29 m), pesava 1.325 kg media 4,88 metros. Na motorização a novidade ficava por conta do V8 401, de 6.570 cm3, que dispunha de 330 cv. Era um verdadeiro "carro musculoso", com velocidade final na casa dos 225 km/h. 

Um cliente fixo durante alguns anos era a polícia do estado do Alabama. Os carros eram cinza, com luzes azuis sobre a capota e traziam o adesivo de fundo azul com a inscrição State Trooper. Foram feitos por volta de 200 modelos. Em 1972 vinha outra série especial, a Pierre Cardin. O interior era mais caprichado e luxuoso. No ano seguinte, para toda linha, o motor 401 passava a ter 255 cv, por causa das normas antipoluentes que começavam a entrar em vigor nos EUA.

A polícia do estado do Alabama adquiriu cerca de 200 Javelins no início dos anos 70. Este modelo é posterior à remodelação da linha 1971

Ainda neste ano, um Javelin fez uma demonstração inusitada no autódromo de Houston, Texas. Com a inscrição Astro Spiral, o carro subiu a 60 km/h numa rampa com uma inclinação lateral ascendente. E desceu, depois de 16 metros no ar, numa outra com uma inclinação contrária. Ele "voou" a quatro metros do chão. O assento do motorista ficava no meio do veículo, com motor de seis cilindros, e tudo foi calculado por um computador. Foi um sucesso. A mesma cena foi copiada para as telas num filme do agente 007, só que com um outro modelo da AMC, o Hornet.

Em 1973, para comemorar a vitória nas pistas, era lançada mais uma versão especial: a TransAm Victory. Tinha rodas de alumínio especiais e pintura alusiva ao evento. Mas as vendas do Javelin foram sempre bem menores que a dos concorrentes. Ele encerrou sua carreira em 1975, sem maiores alterações na carroceria. Foram fabricados, em todos os anos, cerca de 235.000 exemplares.

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