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Atrás, o grande capô dava acesso ao porta-malas e na outra metade ao motor. Este vinha do Renault 16, com 1.470 cm3, taxa de compressão alta, um carburador Solex e potência de 78 cv a 6.000 rpm. Não era muito, só que o Europa pesava 685 kg (!), e o sedã R16 de dois volumes, pouco mais que uma tonelada. Com isso, o Lotus acelerava de 0 a 100 km/h em 9,4 s e atingia velocidade máxima de 195 km/h, segundo testes realizados na época. Sua estabilidade era impecável apesar dos estreitos pneus 155 HR 13.

Se o modelo de rua já acelerava rápido com motor Renault de 78
cv, imagine-se o de competição (à direita) com um 2,0-litros de 240 cv

Por dentro o Europa era apertado. Próximo ao volante de três raios estava a alavanca de câmbio -- de quatro marchas, também da marca francesa --, por causa do console. A posição de dirigir era típica de um carro de corridas, baixa e com todos os comandos à mão. Bem em frente ao volante estavam o velocímetro e o conta-giros. Os outros instrumentos, tais como marcador de pressão de óleo, amperímetro, nível do tanque e temperatura estavam mais ao centro do painel, que podia vir com acabamento imitando madeira. O lugar para o rádio/toca-fitas estava abaixo destes e não havia tampa de porta-luvas, somente a abertura. Desta primeira série foram construídos 300 exemplares.

Em abril de 1968 surgia a primeira evolução, chamada de S2 ou tipo 54. O motor agora era do Renault 16 TX, mais sofisticado, todo em alumínio, com 1.560 cm3, taxa de compressão de 10,3:1, duplo comando de válvulas e pistões do R8 Gordini, mais bravo. Com um carburador duplo Weber 40DCOE, alcançava 135 cv. A velocidade final passava a ser de 205 km/h. Os vidros já não eram mais fixos e ganhavam controle elétrico.

Em 1971 o motor Renault dava lugar ao Lotus/Ford Twim Cam, que já equipava o irmão Lotus Elan e também o Escort esportivo (leia história). Semelhante em configuração ao anterior, tinha 1,6 litro, duplo comando de válvulas, dois carburadores horizontais e 105 cv a 6.000 rpm. Na parte externa, poucas mudanças: a visibilidade estava melhor, pois perdia-se parte das abas laterais traseiras, e havia novas rodas de alumínio e luzes de direção.

Na evolução conhecida por S2, os vidros já se abriam e o motor passava a ser um Renault de alumínio com 135 cv, depois substituído pelo famoso Lotus/Ford Twin Cam

O modelo de competição se enquadrava na categoria Carros Esporte Grupo 6. Enfrentava com galhardia carros como o Alfa T33, Matra 630, Porsche 908 e 911. Seu motor de 2,0 litros alimentado por injeção atingia a potência de 240 cv a 8.000 rpm; o câmbio era ZF de cinco marchas e a velocidade final beirava os 250 km/h. Por fora tinha quatro faróis, pára-lamas mais largos, defletores laterais e aerofólios.

Ganhou a corrida internacional para carros até 2,0 litros no famoso autódromo de Brands Hatch, em setembro de 1970. Obteve várias vitórias nesta categoria nas provas na Inglaterra. O patrocinador era o mesmo dos carros de Fórmula 1, como o Lotus 49B que foi pilotado por Graham Hill e Jochem Rind. A produção do Europa se encerrou em 1975, depois de 9.200 unidades.

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