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Motos do Passado

Observando-se o desenho da nova moto era fácil notar que fora baseado nas CBR 1000 F e 600 F, que a Honda produzia no Japão e traria ao Brasil anos depois. Um exemplo eram as carenagens laterais cobrindo quase totalmente o quadro. Fora isso, havia outros detalhes interessantes, como o pára-lama dianteiro que cobria boa parte das bengalas, a presença de um pára-lama traseiro rente ao pneu, as luzes de direção dianteiras integradas à carenagem. Realmente os projetistas da Honda fizeram um belo trabalho na concepção desta moto.

Clique para ampliar a imagem Quadro, suspensões e pneus de primeira linha tornavam a CBR a melhor moto brasileira da época para fazer curvas, mas o desempenho não atendia a todas as expectativas, pelo aproveitamento do motor da veterana CB 450

Para uma esportiva, até que a CBR era prática. Possuía cavalete central, alça para garupa, ganchos para amarração de bagagem, porta-objetos (na lateral da carenagem, abaixo da manopla direita) e porta-documentos (abaixo do banco, próximo da alça do garupa). No painel, medidor de combustível, que muita esportiva não tem. O manete de freio dianteiro podia ter sua distância da manopla regulada, sem ferramentas. O acabamento era de bom nível e também a ergonomia, com botões e comandos dos semi-guidões fáceis de usar e uma posição de pilotagem que, apesar de esportiva, não deixava o piloto tão inclinado à frente como em modelos mais radicais. 

Naturalmente havia pontos criticáveis. Os retrovisores ficavam na mesma altura dos retrovisores dos carros, dificultando ao piloto desvencilhar-se do trânsito, e não ofereciam grande visão. Caso fossem fixos à carenagem, resolveriam os dois problemas e ainda poderiam ganhar em estética. Além disso, seu medidor de combustível não era muito preciso.

Em cinco anos de produção, apenas cores e grafismos foram modificados: este é um modelo 1993

Lançada em uma época de importações fechadas, a CBR tinha como concorrente mais próxima a RD 350 R, mas era muito mais cara. Embora com desempenho inferior ao da RD, que desenvolvia 55 cv, o ronco de seu motor era uma verdadeira "música" para os que preferem os quatro-tempos. Em todo o tempo que foi produzida a CBR não sofreu alterações mecânicas, de ciclística ou desenho: as únicas mudanças foram de grafismos, em 1991 e 1993. O modelo de 1991, com as cores branca, vermelha e azul, é conhecido entre seus fãs pelo apelido de "Capitão América". Os grafismos mais clássicos foram os de 1989/1990.

Em dezembro de 1994 a CBR 450 SR deixava de ser fabricada, pois as importadas faziam concorrência cada vez mais intensa. Seu preço era alto diante do que oferecia em desempenho e, certamente, influiu o crescimento da onda naked, de motos sem carenagem -- como a Suzuki GS 500 E, ainda importada, que era oferecida a preço similar. Mas a CBR terminou sua carreira com milhares de fãs e até hoje, no mercado de usadas, possui bom valor de revenda.

Ficha técnica
MOTOR - 2 cilindros em linha, 4 tempos, refrigerado a ar; comando no cabeçote, 3 válvulas por cilindro (2 de admissão, 1 de escapamento). Diâmetro e curso: 75 x 50,6 mm. Cilindrada: 447 cm³. Taxa de compressão: 9,2:1. Potência máxima: 46,5 cv a 8.500 rpm. Torque máximo: 4,2 m.kgf a 7.000 rpm. Dois carburadores. Partida elétrica.
CÂMBIO - 6 marchas; transmissão por corrente.
FREIOS - dianteiro, duplo disco de 227 mm Ø; traseiro, um disco de 220 mm Ø.
QUADRO - diamante, dupla viga, em aço.
SUSPENSÃO - dianteira, telescópica hidropneumática; traseira, monomola.
PNEUS - dianteiro, 100/80-17; traseiro, 130/70-17.
DIMENSÕES - comprimento, 2,01 m; largura, 720 mm; entreeixos, 1,37 m; altura do banco, 775 mm; capacidade do tanque, 14 l; peso líquido, 178 kg.
DESEMPENHO - velocidade máxima, cerca de 175 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, cerca de 7 s.

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