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Alma esportiva

O comportado Mondeo ganha desempenho e
sofisticação na versão Ghia V6 de 2,5 litros

Texto e fotos: Fabrício Samahá


O produto é bem conhecido, mas os novos padrões de acabamento (Ghia) e motorização (V6) oferecidos pelo mais novo Mondeo trazem novo alento ao médio-grande da Ford e garantem-lhe competitividade nesse disputado segmento. A maior parte da concorrência já dispunha de motor de seis cilindros e perto de 200 cv -- o Vectra e, por enquanto, o Alfa 156 são dos poucos que não o oferecem, embora a GM cogite de um 2,5-litros para seu modelo desde 1996.

Linhas permanecem atuais, mas alguns detalhes do projeto de 1993 merecem aprimoramento

Cerca de mil quilômetros com um V6 de câmbio automático trouxeram ao Best Cars a certeza de que a Ford aliou boas novidades a um produto ainda muito competitivo -- mesmo que nova geração esteja por chegar, talvez em 2000. As alterações externas não são muitas, mas caracterizam um estilo mais esportivo: rodas de quatro raios e 16 pol. de aro com pneus 205/50, sutis alargadores nos arcos dos pára-lamas dianteiros, spoiler traseiro, saída de escapamento polida e logotipos Ghia nas colunas traseiras e V6 nos pára-lamas. Na Europa é oferecida versão nitidamente mais "brava", com spoiler dianteiro e saias laterais, que a Ford deve ter considerado ostensiva para o público-alvo do carro no Brasil.

Ao ganho de potência correspondeu um incremento no requinte interno. Revestimento em couro dos bancos e volante, apliques imitando madeira no painel, puxadores das portas e alavanca de câmbio automático, ajuste elétrico do banco do motorista e teto solar elétrico são de série no Ghia V6. Maçanetas cromadas facilitam seu encontro à noite e dispensam a iluminação de seu alojamento que havia no GLX. O aquecimento dos assentos dianteiros mostrou utilidade numa viagem a Campos do Jordão, SP, em que o indicador de temperatura externa apontou 4 graus... Bancos em couro têm a desvantagem de gelar quando expostos ao frio.

Nada de esportivo no interior: revestimento em couro, apliques imitando madeira, computador de bordo e controle de velocidade

As soleiras das portas receberam moldura escovada de bom aspecto. Painel mantém o grafismo e iluminação (em verde) conservadores, mas há aviso de portas malfechadas (uma a uma) e computador de bordo. Este peca por indicar consumo em padrões europeu (litros/100 km) e americano (milhas/galão), não em nossos habituais km/l. Corrigi-lo é para o fabricante mais simples do que parece.

Novos detalhes de conveniência, como indicador de temperatura externa, iluminação no assoalho dianteiro e nos espelhos dos pára-sóis, somam-se a itens já conhecidos do Mondeo como controle automático de velocidade acionado no volante, porta-caneta no console (evita mantê-la no bolso, perigoso em colisão), rádio/CD que se desliga com a ignição mas pode ser religado, temporizador regulável do limpador de pára-brisa e marcador de combustível sempre ativo. Sob o apoio de braço central cabem objetos, mas não CDs, e as bolsas das portas são estreitas. Outros senões: os vidros não se fecham pela fechadura ou controle remoto e -- desconcertante e imperdoável -- há tampinhas cobrindo furos nas portas traseiras, onde se alojariam manivelas numa versão básica.

Além do spoiler traseiro, rodas de 16 pol, abas nos pára-lamas dianteiros e logotipos V6 distinguem este Mondeo mais arisco

Com ajustes de altura separados entre as partes frontal e posterior do assento, regulagem do apoio lombar (também para o passageiro) e volante móvel em altura e profundidade, qualquer motorista senta-se com conforto no Mondeo. A ancoragem inferior dos cintos é feita no banco, para melhor adequação à regulagem do assento, e os cinco passageiros contam com encosto de cabeça e cinto de três pontos. Faróis são ótimos e empregam lentes de policarbonato, plástico leve, resistente e menos ofensivo em caso de atropelamento.

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