Marchas, quando trocar Com
alguns cálculos pode-se obter o momento |
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Após esse passo traçam-se as curvas de potência, torque ou consumo, uma para cada reta de rotação, partindo do começo da reta até seu final. É como se o carro fosse acelerando de zero até o limite de rotações do motor sem trocar de marcha. Para o exemplo em questão, esse passo fica no gráfico da seguinte forma (figura 2): |
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Os pontos de troca de
marcha serão os locais onde as curvas de potência,
torque ou consumo (potência no exemplo) de cada marcha
se encontram com a da marcha seguinte. Trocando as
marchas nestes pontos o motorista estará garantindo que
o valor de referência escolhido será sempre o mais alto
possível para aquelas relações de marcha. Para determinar a velocidade correspondente a esses pontos de troca de marcha, basta traçar retas verticais descendo a partir dos pontos de cruzamento das curvas (retas tracejadas na figura). Para determinar a rotação de troca de marcha, basta traçar uma reta horizontal no ponto em que a reta vertical usada para determinar a velocidade cruzar com a reta de rotação pela velocidade traçada no início. Observe esses passos na figura 3: |
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Por curiosidade, podem-se cortar as partes não usadas do gráfico e teremos a curva de potência, torque ou consumo efetivamente utilizada (no exemplo, curva de potência), e também o regime de rotação desenvolvido durante o ciclo (figura 4). |
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Para fazer o mesmo
processo visando tirar o maior regime de torque do motor,
basta usar as curvas de torque. Contudo, para o consumo
é necessário fazer algumas considerações. O melhor
consumo específico é sempre obtido com a borboleta de
admissão completamente aberta, e são as curvas de
consumo sob estas condições que devem ser usadas nesta
técnica. É claro que as rotações de troca de marcha
nestes dois casos serão bem mais baixas que as obtidas
para potência, principalmente quando se visa menor
consumo. O método é simples e pode ser experimentado por qualquer um, sendo útil que o carro possua conta-giros -- mas se podem determinar também as velocidades de troca caso ele não exista. A única, e grande, dificuldade é obter as curvas de potência, torque ou consumo: essas curvas são pouco divulgadas pelos fabricantes. Sempre se pode apelar para obter a curva em dinamômetro, mas é algo complicado e trabalhoso -- mas bastante preciso, melhor até que conseguir uma curva de fábrica, devido às diferenças entre cada motor. Como opção, podem-se usar com relativa precisão as curvas simuladas no Consultório de Preparação do Best Cars, sem que a margem de erro comprometa o resultado. Agora basta arranjar uma tarde ociosa e, à noite, sair passeando com o carro, trocando as marchas de forma precisa, científica e graficamente justificada. |
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