Como deve ser um site de automóveis para atender, da melhor forma
possível, às necessidades e expectativas de quem tem carro, pretende
comprar um ou apenas se interessa por eles? Essa questão, que muitos
têm feito nos últimos anos diante do rápido crescimento da internet,
estava longe de ser comum há 12 anos, quando o Best Cars foi
lançado na grande rede.
Naquele 22 de outubro de 1997, a internet no Brasil estava restrita
a cerca de um milhão de pessoas, as conexões eram lentas e muitas
vezes limitadas por tempo de uso. Computadores custavam muito e
grande parte dos adultos não estava familiarizada a eles, o que
ajudou a criar a imagem de que a rede fosse um passatempo de
adolescentes. Mas tudo isso mudou — e mudou rápido. A internet então
difundiu-se como uma prática ferramenta de informação e comunicação,
seja para saber em tempo real o que se passa do outro lado do
planeta, seja para pesquisar sobre um assunto esquecido por quase
todo mundo ou, ainda, para expor sua opinião sobre qualquer tema que
lhe interesse.
No caso dos automóveis, surgiram fascinantes possibilidades. Por ser
um assunto com uma legião de aficionados, é natural que haja
interesse não apenas em novidades, nos carros de hoje, mas também na
história dessa máquina que mudou o mundo. Antes da rede, conhecer
esse passado dependia de revistas impressas, com sua natural
dificuldade de armazenamento e de pesquisa de temas em edições
anteriores. Com a internet, sites como o Best Cars colocam à
disposição centenas e centenas de artigos sobre automóveis do
passado, com acesso a alguns cliques de mouse, 24 horas por dia, em
qualquer lugar do mundo.
Quem não tem paixão pelo tema, mas possui carro ou pretende adquirir
um, também pode usufruir vantagens que só a internet pode oferecer.
O teste de um modelo recém-lançado talvez conste de uma revista
ainda em banca ou que um amigo comprou há poucos meses, mas o que
fazer quando se trata, por exemplo, de um modelo 2002? Mais uma vez,
o Best Cars oferece fácil consulta a mais de 2.200 páginas de
avaliações e comparativos produzidas desde 1998.
E aqui você pode complementar essa pesquisa com duas importantes
fontes de informação: o Teste do Leitor, em que proprietários
de carros e motos opinam sobre eles desde 1998, e o Canal Direto,
serviço que faz o contato com o fabricante sobre problemas não
resolvidos e, desde 2001, acumula mais de 1.000 casos publicados
para orientar sua decisão de compra. Como obter tal volume de
informações com tanta facilidade em outro meio? |
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Como fazer
A internet, como se vê, trouxe grandes vantagens. Mas persiste a
questão: qual a melhor fórmula para um site de automóveis?
Nossa experiência nestes 12 anos trouxe algumas conclusões. Que é
preciso ter agilidade na informação, todos sabem. Também não é
segredo que o internauta gosta de interação — enviar opiniões,
participar de pesquisas como a Eleição dos Melhores Carros —
e de entretenimento, como vídeos, papéis de parede e protetores de
tela para seu computador. Mas há algumas teorias sobre quem navega
pela rede das quais tivemos de discordar.
Muito se diz que conteúdos de sites devem ser breves, resumidos,
para leitura em um minuto ou menos. Em resumo, que internautas não
têm paciência para textos longos. Pois bem: nos últimos
comparativos, avaliações e artigos de Carros do Passado,
nossos relatórios apontam tempo médio superior a quatro minutos na
visita a cada página; no caso de editoriais e colunas, é comum que
passe de cinco minutos. Além disso, é grande o percentual de
visitantes que vai até a última página de um artigo longo
mantendo-se por mais de um minuto em cada. Se isso não é gostar de
conteúdos extensos, não sei o que seja.
Outra noção frequente é de que o internauta, nem sempre um
aficionado pelo assunto que pesquisa (ao contrário, acredita-se, de
quem compra uma revista do tema), deve ser informado de maneira
superficial para que o texto seja acessível. Será mesmo? Nestes 12
anos o Best Cars teve como diretriz informar com
profundidade, ir fundo nos detalhes e não deixar de fora conteúdos
técnicos. Essa escolha resulta em números de audiência respeitáveis
— mais de 250 mil visitantes diferentes por mês, que abrem nesse
período quase 10 milhões de páginas — e, pelo que nos transmitem
centenas desses leitores, o nível de profundidade não representa
obstáculo à plena compreensão dos textos.
Ouço ainda que o típico usuário de internet não gosta de escrever,
teoria que talvez tenha origem na forma abreviada — "pq", "tbm", "vc"
— como muitos deles se comunicam. Se é fato que tal grafia resumida
tem se tornado comum, podemos também concluir que é falsa aquela
premissa, a partir do que se vê no Best Cars. Basta abrir
qualquer página do Teste do Leitor para constatar o volume de
informações que os participantes, em geral, colocam nas pequenas
caixas de texto do formulário. Vale lembrar que é um espaço de
participação voluntária, que traz como recompensa apenas o prazer de
compartilhar conhecimento e experiência com outras pessoas que têm o
mesmo veículo ou cogitam sua compra.
É por essas e outras conclusões que temos feito o Best Cars
dessa forma, há 12 anos: extenso sem ser monótono, aprofundado sem
ser inacessível, cuidadoso com a precisão da informação e com o bom
português, com muito espaço para sua participação. Acima de tudo, um
site escrito com paixão pelo automóvel.
Em nome desta empenhada equipe — Fabiano, Francis, Iran, Gino,
Márcio, Thiago —, agradeço o carinho com que você, leitor ou
leitora, tem nos prestigiado. Continuaremos buscando com o Best
Cars a fórmula para fazer o melhor site de automóveis, nos
próximos 12 anos e muito mais. |
Muito se diz
que internautas não têm paciência para textos longos. Pois bem:
nossos relatórios apontam tempo médio superior a quatro minutos na
visita a cada página. |