A
seleção de marcha e o retorno ao neutro, ou ponto-morto, são rotinas
previstas pelo fabricante da caixa automática para milhões de ciclos
durante sua vida útil. Assim, é improvável que fazê-lo algumas vezes
por dia, nas paradas mais longas do trânsito, represente risco de
desgaste prematuro do câmbio. Por outro lado, há sem dúvida redução
de consumo.
E de quanto? Em 2002 avaliamos pela primeira vez o Astra automático
dotado de controle de neutro, recurso da caixa que a coloca em
ponto-morto, quando o carro está parado e o motorista mantém o pé no
freio por alguns segundos, e engata novamente a marcha ao se liberar
o pedal (a mudança é apenas interna no câmbio, não sendo visível na
alavanca seletora). Naquela ocasião comparamos, pelo computador de
bordo, o consumo instantâneo com o controle de neutro em ação (uso
do pedal de freio) e fora de ação (uso do freio de estacionamento).
A economia de 16% obtida com o primeiro modo foi de 0,2 litro por
hora, ou seja, um litro de gasolina a cada cinco horas de
funcionamento nessa condição. Outra informação a respeito é o
consumo em ciclo urbano divulgado pela Opel alemã, que cai em 3% com
o controle de neutro. Podem-se esperar resultados similares com a
seleção manual do ponto-morto pelo motorista.
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