A
dúvida do leitor procede, pois um dos riscos de atravessar um trecho
alagado é que entre água pelo escapamento, retornando por sua
tubulação e podendo danificar o motor. Por isso recomenda-se, nessas
condições, o uso de marcha baixa (em geral a primeira) e de
aceleração constante, mesmo que seja preciso parar no meio de
trajeto (nesse caso pisa-se na embreagem e mantém-se cerca de 2.000
rpm), a fim de manter uma pressão de gases suficiente para impedir o
retorno da água.
E como fazer se o câmbio é automático? Deve-se selecionar
manualmente a marcha mais baixa possível, em geral a primeira
(embora em alguns modelos seja a segunda, caso da posição L ou
low do Honda Civic sem trocas de marcha no volante). Em um
câmbio de variação contínua (CVT),
como o do Fit, costuma haver uma posição para relações mais curtas
(também L no caso desse Honda) que deve ser a escolhida.
A aceleração deve ser mediana e constante, como no caso de câmbio
manual. Se for preciso parar, é possível manter o freio e o
acelerador acionados em simultâneo freando com o pé esquerdo. Esse
uso do freio pode ser treinado previamente em local seguro, pois em
geral nos acostumamos a ter sensibilidade para frear apenas com o pé
direito. O uso do esquerdo é útil também ao arrancar em subidas, em
que dispensa o freio de estacionamento.
Note que todo câmbio automático possui a chamada rotação de estol
(regime máximo admitido pela caixa com o veículo parado e marcha
engrenada), em geral ao redor de 2.500 rpm. Assim, na situação de
manter o carro parado no trecho alagado, o motor pode ser acelerado
em torno de 2.000 rpm sem problemas.
Além da admissão pelo escapamento, atravessar um alagamento requer
outros cuidados (leia consulta sobre o
perigo do calço hidráulico).
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