Turbinar um carro movido a gás natural deixaria
mesmo o veículo mais econômico, se comparado a um carro a gás de mesma potência sem
turbo, além trazer outras vantagens, como permitir o uso de outro combustível
(álcool ou gasolina) sem perda de potência quando passar ao uso de gás
natural. Basta que a pressão de sobrealimentação seja mais elevada para o uso de gás
do que para o uso dos outros combustíveis.
O problema em usar turbo em um carro a gás natural é a maior complexidade que seria necessária ao sistema,
de preferência permitindo regular a pressão de sobrealimentação, e ao sistema de alimentação do gás, que deverá ser capaz de alimentar sob uma maior pressão no coletor,
além de outros detalhes menores.
No entanto, todas essas soluções são simples de implementar e a tecnologia é
amplamente dominada pelos bons preparadores. Controlar a pressão de sobrealimentação é algo bem
simples -- os conhecidos boosters estão aí para provar. Os sistemas de alimentação a gás atuais são perfeitamente adaptáveis para o uso com o turbo, bastando trocar ou ajustar
as válvulas reguladoras para permitindo o ajuste às novas condições impostas pelo turbo.
Na verdade, parece faltar interesse dos fabricantes em desenvolver kits neste sentido, pois quem instala um kit de gás natural está muito mais interessado em baixo consumo e custo
por quilômetro do que em alta potência ou em um (nada barato) kit turbo. O público consumidor destas soluções seria ainda menor que o consumidor de kits de conversão para gás
-- pouca gente para justificar o investimento.
Isso, porém, não impede que um mecânico criativo ou um bom preparador possam adaptar os kits normais para
funcionar com turbo, pois não se trata de nada tão complexo que um bom profissional não possa contornar.
|