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por Fabrício Samahá

Gasolina: vantagens e riscos dos aditivos


Fico maravilhado com o trabalho de vocês. É de fato uma revista on-line de muito bom gosto e muito bem elaborada. As reduzidas de marcha que causam o efeito freio-motor prejudicam a vida útil do motor? É aconselhável usar gasolina comum e aditivo booster para gasolina em um carro com injeção? Quais seriam as proporções corretas de gasolina e aditivo?

Cesar Zenkem Nakazato
nakazato@techs.com.br
Araraquara, SP


Gostaria de parabenizar pelo site bem montado e fácil de navegar. A gasolina aditivada é prejudicial ao carro ou não? Poderia ser usada também em carros mais antigos? Tenho um LTD Landau.

Celso Arcanjo da Silva
csilva@funrei.br


Gostaria de parabenizá-los pelo site, que é excelente! Por que os Gols modelo esportivo não contam com o teto-solar como opcional? Tenho um Gol TSI 2.0 1997, o que posso fazer para melhorar o desempenho? Uso gasolina comum ou aditivada? Que molas poderia usar para rebaixar meu carro sem comprometer muito a segurança, conforto, etc? Por que os pneus gastam mais do lado de dentro quando se rebaixa um carro? Como evitar isso?

Rodrigo Bortolini
bortolini@brasilnet.net
Florianópolis, SC


Parabéns pelo serviço de consultoria! Gostaria de saber por que alguns fabricantes aconselham seus clientes a usarem gasolina aditivada e outros sem aditivo. A Fiat aconselha a usar gasolina comum para não danificar a injeção e a Chevrolet aconselha o uso de gasolina aditivada para uma performance melhor do sistema. Quem entende?

Fábio da Silva
fabio@informareducacional.com.br
Belo Horizonte, MG


Queria saber por que o motor 1.0 da Ford e outros aceitam a gasolina comum e o 1.0 da Chevrolet não.

Jorge Luiz de Simas Veiga
jorgelsv@uol.com.br


Qual a vantagem da gasolina aditivada? É verdade que em alguns casos pode causar problemas (crostas nos cilindros)?

Raquel B. F. Gomes
rbfg@ufc.br


Há vantagens e/ou desvantagens no uso de aditivos para combustível, destinados à limpeza dos bicos injetores e outras finalidades?

Marcus Salvatore
emsm@mailbr.com.br


A gasolina aditivada é praticamente um consenso entre os fabricantes. A Fiat recomenda gasolina comum, mas não condena a aditivada em seus manuais do proprietário. Já a GM recomenda claramente a aditivada, mesmo na tampa do bocal de abastecimento.

Fornecida às companhias distribuidoras como gasolina comum, sem aditivos, cada empresa desenvolveu sua fórmula para aditivá-la, composta basicamente por um aditivo detergente (para promover a limpeza do tanque e de todo o sistema de alimentação, até as válvulas de admissão do motor) e por um dispersante (para conduzir os resíduos até a câmara de combustão, o que evita entupimentos). Essa limpeza evita a formação de carbonização, mantém limpos os bicos injetores do sistema de injeção e, com isso, permite espaçar os intervalos de manutenção e regulagem do motor.

Quando ela foi lançada, no início da década, houve alguns problemas com veículos que usaram gasolina comum durante anos. Motores muito carbonizados e tanques de combustível com grande quantidade de resíduos resultaram em falhas, desregulagens e até entupimentos. Também exigiram manutenção os velhos carburadores, em que a "goma" formada com o tempo pela gasolina comum estreitava as passagens de combustível. Com a poderosa limpeza promovida pela aditivada, essas passagens se alargaram e os motores desregularam. Hoje, contudo, pode-se -- e deve-se -- utilizar a aditivada sem riscos. Seu custo é pouco maior que o da comum e as vantagens que ela traz com certeza o compensam.

Alguns usuários, no entanto, optam pela gasolina comum com aditivos de limpeza vendidos à parte, nacionais e importados. O efeito é o mesmo e sua proporção deve seguir as indicações do fabricante do aditivo. A vantagem é um controle efetivo da aditivação, sem o risco de fraude existente nos postos. Não confundi-los, porém, com os octane-boosters, aditivos para aumento de octanagem cujo efeito se assemelha ao do uso de gasolina Premium. Estes só devem ser adotados em modelos importados com alta taxa de compressão, em geral os trazidos diretamente do exterior sem adaptação ao combustível nacional pelo importador.

Em relação às outras dúvidas, leiam no
Consultório Técnico sobre reduções de marcha e suspensão rebaixada, e no Consultório de Preparação sobre ganho de desempenho do Gol. A indisponibilidade de teto solar para o modelo da VW, como em outros do mercado (até no Escort, que o oferecia em 1997), deve-se à baixa procura pelo equipamento no Brasil. O desgaste irregular dos pneus com suspensão rebaixada é causado pelo desajuste da cambagem (saiba mais sobre alinhamento), que pode ser corrigida até certo ponto em alguns automóveis. Se não for possível o ajuste ou este estiver no limite, a solução é retornar à altura original da suspensão.


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