

Com faróis retangulares e novos
para-choques, a remodelação de 1990 deixou o Polo atual e destacou o uso
de injeção em todos os motores




Em 1994 chegava a terceira
geração com linhas modernas e suaves, opção de cinco portas e novo
interior; o sedã ganhava traseira bem alta |
No
entanto, o verdadeiro Polo esportivo ainda estava sendo preparado.
Lançado em 1985, o G40 recebia em seu motor 1,3 um
compressor G-Lader, sistema similar ao
G60 aplicado ao Corrado 1,8. Com
isso alcançava 115 cv, uma potência
específica de 88 cv/litro, e fazia bonito par com o Golf GTI. Com
peso de apenas 720 kg, acelerava de 0 a 100 km/h em nove segundos e
chegava à máxima de 195 km/h, ótimas marcas para a época. Enquanto isso,
o mais barato Polo da época era a versão Fox. Em cores alegres (amarelo,
verde e azul), tinha acabamento simplificado e preço amigável. O Polo C
ficava um degrau acima.
Bem aceito na Europa já na época, o motor a diesel chegou ao Polo em
1986. O 1,3 a gasolina serviu de base para o projeto, que ficou com 46
cv e razoável torque de 7,6 m.kgf a baixas 2.500 rpm. A máxima era de
140 km/h e só se passava no posto de combustível de vez em quando: o
consumo ficava em 16 km/l. Em alguns mercados havia o sedã, agora
chamado de Polo Classic, cujas lanternas traseiras horizontais o
deixavam parecido com um pequeno
Santana.
Era da
injeção
A busca por eficiência
geral (consumo e emissões poluentes) sempre encontrou respaldo nas
marcas europeias, e com o Polo não era diferente. A intenção inicial era
equipar o pequeno com catalisador, mas isso não era a melhor opção, pois
ainda havia gasolina com chumbo em muitos pontos do continente — o que
destruiria o equipamento em caso de abastecimento indevido. Foi só em
1988, com a chegada da injeção eletrônica para a versão 1,3, que o
equipamento chegou de vez ao Polo. No fim daquela década todos os Polos
já contavam com a injeção, que era do tipo
monoponto no 1,1 e multiponto nos
demais.
Em 1990 algumas revisões de estilo e mecânica eram apresentadas. Os
motores a gasolina agora entregavam 45, 55, 75 e 115 cv (este último
reservado ao G40); o movido a diesel aparecia com 48. As versões mais
potentes eram equipadas com um câmbio de cinco marchas. O carro ganhava
também nova frente com faróis retangulares e para-choque redesenhado,
vidros verdes e, pela segurança, bolsa inflável para o motorista. Essas
mudanças manteriam o carro em sua posição confortável de mercado até a
chegada da terceira geração.
O novo Polo de 1994 rompia com o padrão de estilo usado até então. As
linhas retas davam lugar às curvas, dentro do contexto da época. A
frente era baixa, com faróis retangulares e luzes de direção que
avançavam nas laterais. O para-choque abaulado e envolvente vinha na cor
da carroceria, o para-brisa estava mais inclinado e a lateral era lisa,
com apenas um discreto friso em posição baixa. A traseira truncada
trazia lanternas quadradas e simples. Estava bastante robusto e
atualizado. O interior dava um salto em qualidade com painel mais
moderno, grandes difusores de ar laterais, controles giratórios para o
sistema de ventilação, bancos confortáveis com revestimento alegre e
puxadores de porta originais. Enfim, um Polo maior e mais maduro, com
dimensões próximas (3,71 m de comprimento e entre-eixos de 2,4 m) às da
primeira geração do Golf.
O carro estava em um patamar superior a vários concorrentes em aspectos
como qualidade construtiva, acabamento, segurança e conforto. Pela
primeira vez o Polo tinha a opção de cinco portas e seu
Cx era ótimo, 0,32. De início o novo Polo
era equipado com uma unidade de 1,6 litro que desenvolvia entre 45 e 55
cv. Pouco depois chegava um propulsor a diesel com 1,9 litro e a
potência modesta de 65 cv. Versões interessantes também apareciam. O
Polo Open Air trazia um gigante teto solar deslizante que se abria em 10
segundos. O Colour Concept era bem-equipado e vinha em cores chamativas
por fora e por dentro. Uma série limitada, a Harlequim, trazia cores
diferenciadas pela carroceria.
A versão sedã, Polo Classic, era lançada em 1995. Equipado com novos
motores de 1,4 litro/60 cv e 1,6 litro/101 cv (este o mesmo que
equipariam nossos Golf e Audi A3), ambos com bloco de alumínio, o modelo
tinha uma traseira bem alta e curta, tendência na época. Se prejudicava
a visão traseira, por outro lado acomodava bagagens com folga. Logo o
Classic ganhava também uma unidade 1,7 a diesel com 101 cv. Além do
câmbio manual de cinco marchas, uma caixa automática de quatro
velocidades estava disponível.
Continua
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