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Diferentes cores externas e
internas foram usadas na edição especial Pebble Beach, que a Lexus
lançava todos os anos entre 2004 e 2008 |
"E o
novo SC 430 é bastante mais esportivo que seu predecessor. O rodar é
mais firme e, mais importante, há menos espaço no carro. Apesar do
amável acabamento em couro, o banco traseiro é mais adequado a sacolas
de compras que a passageiros", observava a revista.
Em 2003, aproveitando o lançamento do
Cadillac XLR, a Motor Trend colocou-o em comparação ao
SC 430 e ao Mercedes-Benz SL 500.
Os destaques do modelo japonês foram o "aveludado V8", o desenho do
interior e as maneiras "gentis", enquanto estilo, estabilidade e alguma
torção da estrutura foram os defeitos apontados. "O SC 430 é o líder em
refinamento neste grupo tão polido. A suspensão espuma sobre a estrada,
o motor sussurra, e os comandos da cabine enviam mensagens calmantes a
seus dedos. O volante é de madeira e couro e uma agradável madeira
adorna o console e o painel, incluindo portas retráteis que revelam a
tela do navegador e os controles para o áudio Mark Levinson", descrevia
o teste.
A conclusão da revista sobre o SC foi: "Continuamos impressionados com a
qualidade e o refinamento sem compromissos que é evidente por todo o
Lexus. Muitos spas não são tão relaxantes quanto ele. Contudo, o carro
nos deixa desejando mais sabor e emoção ao dirigir. Esse não é o
automóvel que vai inspirar você a olhá-lo na garagem à noite só para
sorrir com suas linhas. Em vez disso, o SC é definitivo em isolamento —
e mais de 14 mil compradores por ano não poderiam estar mais felizes".
O SC ganhava em 2004 a primeira série limitada, a Pebble Beach Edition,
em alusão à sofisticada região da Califórnia que é palco para um dos
eventos de carros clássicos mais prestigiados do mundo. Repetida nos
quatro anos seguintes, a edição vinha com combinações exclusivas de
cores externa e interna — uma para cada ano — e trazia detalhes de
acabamento próprios como tapetes e logotipos nos para-lamas. De 2006 em
diante, um defletor de porta-malas e rodas exclusivas fizeram parte da
série. Também de 2004 foi a edição Carolina Herrera, com cor e
acabamento interno diferenciados.
Como a geração anterior, o quarto Soarer teve longa produção sem grandes
mudanças, mas esse nome desaparecia na linha 2006: depois de 16 anos
desde sua estreia nos EUA, a Toyota enfim estendia a seu país de origem
a marca Lexus, o que a levou a adotar em vários modelos os mesmos
batismos de outros mercados — no caso do conversível, SC 430.
Uma caixa automática de seis marchas e retoques nos para-choques vinham
no mesmo ano-modelo. Em 2010 era apresentada a edição Eternal Jewel, de
200 unidades, mas o encerramento da produção já estava marcado. Em junho
daquele ano, o Lexus SC saía de cena. Uma nova geração chegou a ser
prevista por algumas publicações, mas ainda não se confirmou — a crise
mundial deflagrada em 2008 pode ter causado o cancelamento do projeto.
Como cupê ou conversível, com seis cilindros ou oito, mais esportivo ou
mais confortável, o Soarer — junto de sua versão de grife Lexus SC —
manteve a essência por quase 30 anos: um carro com estilo mais atraente
que os dos conservadores sedãs da marca, associado à melhor tecnologia
que os japoneses sabem oferecer.

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