

Painel redesenhado, motor
mais potente: evoluções no fim dos anos 80

O modelo 1990 trazia nova
carroceria com formas mais arredondadas |
O
modelo vendeu bem em meados da década de 1980. O Town Car se destacava
na categoria, sobretudo em relação àqueles que diminuíram de tamanho e
ficaram parecidos demais a modelos menores de outras marcas. Nem mesmo o
preço da gasolina fez cair o interesse pelo carro de luxo. No ano
seguinte, 1986, pequenas modificações apareciam, entre elas a terceira
luz de freio montada no vidro traseiro (obrigatória no país desse ano em
diante) e novo tom de madeira no painel.
Novidades também eram os encostos de cabeça dianteiros articulados em
quatro posições, equipamento que figurava em vários Fords no período, e
a injeção multiponto no motor. Para 1987
a versão Cartier, que antes só estava disponível com pintura em dois
tons nas cores branco ártico e prata, recebia a combinação de dois tons
de platina metálica. Por dentro a tapeçaria cinza dava lugar a um tom
areia e o painel recebia um toca-CDs.
Ano a ano a Lincoln melhorava seu modelo topo-de-linha. Em 1988 um
painel de aço escovado era aplicado logo abaixo do pára-choque traseiro,
recebendo as luzes de ré que saíam do centro. A grade também mudava. Por
dentro o Town Car trazia painel de instrumentos circulares, novo
revestimento em madeira e volante redesenhado. O motor ganhou potência
desde o lançamento, chegando, na configuração de escapamento simples, a
152 cv e 37 m.kgf.
Uma carroceria toda nova era apresentada ao exigente público em 1990.
Disponível em três níveis de acabamento (básico, mais tarde renomeado
Executive, além de Signature e Cartier), o novo Town Car estava mais
elegante e bonito. As quinas e arestas foram trocadas por formas mais
suaves e arredondadas sem perder a classe. À frente se destacava a grade
cromada que causava ressaltos em capô e pára-choques. Os faróis eram
grandes e retangulares e as luzes de direção, que traziam em detalhe o
logotipo da marca, avançavam bastante pela lateral.
Todo o conjunto recebia um friso cromado em volta, assim como a parte
superior do pára-choque. As laterais estavam mais limpas, sem recortes,
com apenas um friso cromado mais abaixo. A larga coluna traseira recebia
uma janela discreta e o porta-malas de formas retas terminava com
lanternas verticais, ligadas por um refletor mais abaixo. Fora isso,
outros detalhes tipicamente americanos, como rodas raiadas e cromados em
maçanetas, frisos de janelas e retrovisores, saltavam aos olhos.
Continua
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