


A grade estava imponente,
mas o LS ficava ainda mais favorável ao ar com Cx 0,28; o peso 95 kg
mais baixo contribuía para o desempenho |
Em 1993 a Lexus efetuou mais de 50 mudanças no LS, boa parte delas
relativas a sugestões dos consumidores: discos de freios maiores, pneus
e rodas mais largos, ajustes de suspensão e direção para deixar o modelo
mais "à mão". Ele ganhava também novas grade e cores no catálogo, bolsa
inflável para o passageiro da frente, hodômetro digital e
ar-condicionado livre do gás CFC (nocivo à camada de ozônio). No ano
seguinte o LS já custava US$ 50 mil para os norte-americanos, mas se
mantinha uma grande opção diante dos oponentes europeus.
Repaginando um clássico
Mexer em time que está
ganhando é complicado, sobretudo no conservador segmento de luxo. Mas a
Lexus resolveu salpicar o LS com novidades que chegaram às lojas no fim
de 1994. Para ver tais modificações era necessário forçar bem os olhos —
uma delas era o aumento da distância entre eixos em 36 mm, resultando em
mais espaço interno. As lanternas traseiras vinham mais afastadas e a
carroceria estava um pouco diferente, mas não muito. Com melhorias em
escapamento e taxa de compressão mais
alta, o motor V8 agora entregava 263 cv a 5.300 rpm e 37,7 m.kgf a 4.500
rpm. Mesmo com todas as mudanças, inclusive estrutura reforçada e
suspensão revista, o novo LS 400 estava 95 kg mais leve que o
antecessor, além de mais econômico. Colaborava o
coeficiente aerodinâmico (Cx) de apenas
0,28, um dos melhores até hoje.
O conforto e a exclusividade aumentavam. O LS recebeu uma das primeiras
disqueteiras de painel como opcional, dispensando as trocas de CDs no
portamalas. Interessantes também eram os bancos com molas para maior
conforto. Ar-condicionado com ajustes distintos de temperatura entre
motorista e passageiro e porta-copos traseiros completavam o conjunto.
Pelos avanços em segurança passiva, como
novas zonas de deformação na carroceria, o
modelo recebeu ótimas notas em todas as categorias de testes do IIHS, o
instituto das seguradoras para segurança em rodovias dos EUA.
A imprensa norte-americana recebeu bem a reformulação. A
revista Motor Trend destacou a suavidade de operação e o baixo
nível de ruído do motor V8: "De dentro ou de fora do carro, mal é ouvido
em marcha-lenta. (...) Toque no acelerador e ele responde
instantaneamente, entregando rápida aceleração com um agradável ruído.
Em aceleração moderada, a caixa automática eletrônica faz mudanças quase
imperceptíveis.".
Continua
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