O Galaxie foi por vários anos o representante da Ford na Nascar, a
categoria mais popular do automobilismo americano, iniciada em
1948 com modelos de produção normal (leia
história). Sua participação nas pistas trouxe diversas
melhorias às versões de rua, incluindo os motores mais potentes de
sua história, já que o regulamento exigia a venda ao público dos
recursos aplicados na competição.
Em 1961, interessada em melhorar a aerodinâmica, a Ford adotava
alguns recursos também disponíveis nas concessionárias. A primeira
tentativa foi a Starlift, uma capota rígida e removível para o
conversível Starliner. Não deu certo: a Nascar entendeu que aquela
não era uma opção normal de produção e impediu seu uso nas provas.
A fábrica então lançou acessórios para redução de peso —
pára-choques de alumínio e painéis de carroceria em plástico
reforçado com fibra-de-vidro —, mas a categoria não aceitou mais
uma vez. Os Galaxies assim equipados tiveram de passar à classe
Factory Experimental (experimental de fábrica), onde não
conseguiram a visibilidade publicitária que a empresa buscava.
Depois de uma atuação modesta em 1962, no ano seguinte o Galaxie
chegava com tudo. Estava com o teto rebaixado Sports Roof,
opcional de produção para o cupê hardtop, e o motor V8 427
no lugar do 406. |

O resultado foram 23 vitórias na classe Grand
National, incluindo os cinco primeiros lugares em Daytona, mas um Pontiac foi o campeão naquela temporada. O bom resultado
manteve-se em 1964, com a estréia da carroceria de plástico. O
Galaxie correu e brilhou tanto nos EUA quanto na Inglaterra,
embora enfrentasse lá carros bem menores e mais leves.
Finalmente, em 1965 Ned Jarrett era campeão com um Galaxie, ao
vencer 13 provas e obter nove pole-positions. Foi o único
título do carro, porém: o modelo Torino,
menor e mais apropriado, é que levaria os campeonatos de 1968 e
1969. |