Nos Estados Unidos e na Europa, equipes de competição adotaram o
Viper logo após sua estreia no mercado, com a adaptação de um
teto rígido, mas os resultados não foram expressivos. Foi só com
o apoio oficial da fábrica, de 1995 em diante, que a víbora se
tornou uma vencedora nas pistas.
Antes mesmo que o GTS chegasse ao mercado, um Viper cupê foi
desenvolvido para competir: o GTS-R (em branco nas fotos),
apresentado em 1995, com o chassi redesenhado pela especialista
inglesa Reynard Motorsport e montagem e manutenção a cargo da
equipe francesa Oreca. O motor V10 de 8,0 litros foi altamente
preparado para passar de 455 para 760 cv. O objetivo da Chrysler
estava focado em campeonatos europeus, mas o modelo participaria
também de provas em seu país de origem.
Com estreia na 24 Horas de Daytona de 1996, o GTS-R não demorou
a brilhar. A equipe Oreca obteve com ele três títulos de pilotos
e de equipes do Campeonato de Gran Turismo da FIA (1997 a 1999),
três vitórias em sua categoria (primeiro GT2, depois GTS) da 24
Horas de Le Mans (1998 a 2000), dois títulos em sua classe na
American Le Mans Series (1999 e 2000) e uma vitória em Daytona
em 2000 na classificação geral. Na Le Mans de 1999 o Viper
ocupou os seis primeiros lugares em sua classe! Outras equipes
também tiveram êxito em provas e certames diversos, como o
Campeonato Sueco GTR e as corridas 1.000 Quilômetros de Fuji e
24 Horas de Nürburgring, todos em 2001.
Nesse ano a Chrysler encerrou o apoio oficial às equipes, mas
diversas mantiveram o Viper em plena atividade — e com novas
vitórias — por toda a década. Ele conquistou mais duas vezes o
FIA GT (2001 e 2002), quatro vezes a 24 Horas de Nürburgring
(2002, 2005, 2006 e 2007), duas a 24 Horas de Spa (2002 e 2006),
duas o GTR sueco (2002 e 2003), o Campeonato de GT EuroSeries
(2003), o Italiano de Gran Turismo (2003), o Britânico de Gran
Turismo (2007 e 2008), a Mil Milhas Brasileiras (2004) e o
Brasileiro de GT3 (2007).
Ao lançar a segunda geração, em 2003, a divisão Dodge
apresentava um novo cupê voltado a corridas: o Competition Coupe
(em vermelho na foto). O motor oferecia 20 cv a mais (528 cv) e
torque de 74,6 m.kgf por meio de comando de válvulas e
escapamento especiais, os freios contavam com dutos para
ventilação e havia radiador para o diferencial, amortecedores
ajustáveis, estabilizador traseiro regulável pelo motorista e
pneus slick (lisos) em medidas 315/30 R 18 à frente e 355/30 R
18 atrás.
Além de estrutura interna de proteção, o Coupe vinha com banco
único de competição, cinto de seis pontos, extintor de incêndio,
rede para a janela, tanque de 100 litros, defletor frontal e
aerofólio traseiro ajustáveis. Boa parte dos painéis externos
eram de fibra de carbono. Com 1.360 kg de peso, prometia
acelerar de 0 a 96 km/h em 3,8 segundos, atingir 296 km/h e
chegar a 1,25 g de aceleração lateral.
A nova versão participou sobretudo de provas nos EUA, como a
categoria monomarca Viper Racing League e a SCCA Pro Racing
World Challenge. Em 2006 passou a disputar o Campeonato Europeu
de GT3 da FIA, contando com o apoio da Oreca para as adaptações
necessárias para atender ao regulamento. Também teve boas
aparições na American Le Mans Series. |


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