

Projetos que não chegaram às
ruas: o Furgomag, um furgão derivado da Pracinha, e a perua Fissore, com
quatro portas e duas tampas traseiras |
Então veio a absorção da DKW pela Volkswagen na Alemanha, em 1965. Para
a Vemag, começava uma indefinição sobre obter ou não licença para
produzir os novos carros da empresa, como o F102 e seu sucessor, o Audi.
Pelo sim, pelo não, a fábrica nacional começou contatos visando a
parcerias com as francesas Peugeot e Citroën (então independentes), a
italiana Fiat e as alemãs BMW e Borgward, mas sem resultados.
Em 1966 ainda havia esperança de reerguer a Vemag, que dobrou a produção
de 40 para 80 carros por dia. Não adiantou: a demanda era insuficiente e
cada automóvel fabricado dava prejuízo. Em novembro daquele ano — 10
anos após ser feita a primeira perua nacional da marca — era anunciada
por seu diretor-superintendente, Lélio de Toledo Piza e Almeida Filho, a
"associação" da empresa à VW brasileira. Apesar de a fábrica do Fusca
assegurar que a produção da linha DKW não seria afetada, a promessa não
se confirmou. Já em dezembro o estatuto da empresa era reformulado,
indicando sua absorção pela VW.
A produção era encerrada em outubro de 1967. A Vemag fez no total
109.343 automóveis, sendo 55.692 peruas (47.769 da Universal/Vemaguet,
6.750 da Pracinha e apenas 1.173 da Caiçara), 51.162 sedãs e 2.489
Fissores. Houve ainda 7.848 jipes Candango. Alguns detalhes do Fissore
seriam aproveitados em modelos posteriores da VW, como as maçanetas
externas no esportivo SP2 e, de certo modo, o
desenho do quadro de instrumentos no
Brasília e no
Passat.
Os simpáticos carrinhos com motor a dois tempos deixaram saudades nos
fãs. Ainda hoje, quando os remanescentes passam com seu som
característico de motor e sua fumaça azulada, provocam grande
curiosidade.
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