



A última geração, lançada para
2007, acrescentou conforto e segurança ao utilitário, mas a crise deixa
dúvidas sobre sua continuidade em linha
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Em
2001 a versão de topo LT recebia de série o OnStar. A plataforma do
Suburban servia para outros modelos da corporação, como Chevrolet Tahoe,
GMC Yukon e Cadillac Escalade (todos com menor entre-eixos), o picape
Chevrolet Avalanche e até o Hummer H2. Três novos motores podiam
equipá-lo: o Vortec V8 de 5,3 litros e 285 cv, o de 6,0 litros com 335
cv e o gigante Vortec de bloco grande, 8,1 litros e 325 cv, sem opção a
diesel. A caixa
automática com quatro marchas era a única oferecida.
Ano a ano, a GM continuava incrementando o modelo. Equipamentos de
conforto como bancos com comando elétrico e controle de ventilação para
os passageiros de trás tornavam-se de série no acabamento LS. Outra
opção era o chamado pacote Z71: rodas de 17 pol com pneus especiais e
apliques na carroceria chegavam ao Suburban com tração nas quatro rodas
e apelo fora-de-estrada. Em 2003 aparecia o sistema Quadrasteer, em que
as rodas traseiras esterçavam ligeiramente em sentido oposto ao das
dianteiras, a fim de reduzir o diâmetro de giro e facilitar manobras.
Embora cheio de conforto e espaço, as críticas quanto à qualidade do
acabamento eram grandes. Isso fez com que a GM mudasse radicalmente o
desenho interno do Suburban e de outros modelos grandes, ainda em 2003,
com a adoção de materiais mais agradáveis aos olhos e ao toque e
equipamentos como ar-condicionado com três ajustes distintos (motorista,
passageiro e bancos de trás), novos botões de acionamento dos vidros,
pedais ajustáveis e volante mais ergonômico e dotado de controles de
áudio, além de controle de estabilidade.
No ano seguinte um monitor da pressão dos pneus chegava a todas as
versões e, em 2005, um navegador com tela sensível ao toque.
Em 2006 a marca atualizou novamente o utilitário como linha 2007. A
carroceria estava mais arredondada e moderna. Os faróis do Chevrolet
eram únicos, mas carregavam por trás da máscara o estilo de unidades
separadas que estreou em 1992. A grade ampla e cortada por uma barra que
ostentava o símbolo da marca, como nos atuais Chevrolets brasileiros,
também era novidade (na versão GMC ela não era dividida). Media 5,64 m
de comprimento, 2 m de largura, 1,95 m de altura e 3,30 m entre eixos.
Interiormente o Suburban estava mais aconchegante e luxuoso, com
redesenho de painel e bancos. Podia levar nove pessoas e estava
disponível nas versões LS, LT, LTZ e Z71. Os motores eram os V8 de 5,3 e
6,0 litros, com 320 e 366 cv, na ordem. As opções de câmbio automático
tinham quatro e seis marchas, mas o sistema Quadrasteer era descartado.
Para 2008 vieram cortinas infláveis de série em toda a linha e caixa
automática de seis marchas para a versão de 750 kg.
Toda essa evolução, porém, talvez não seja suficiente para ganhar a
simpatia do novo consumidor pós-crise. Se não bastasse a aversão de
certos segmentos aos grandes utilitários, pesados e poluidores, agora a
linha Suburban fica à mercê da situação econômica sem precedentes das
marcas norte-americanas. Pode ser que o consumidor jamais deixe de
apreciar seus dinossauros sobre rodas, espaçosos, potentes e
intimidadores. Mas pode também acontecer de uma das linhagens mais
antigas e tradicionais da GM não suportar a pressão da concordata. O
tempo, nesse caso, trará a resposta.
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