A versão especial que foi carro-madrinha na Indy Car sugeria apelo esportivo, mas o compacto da Chevrolet era modesto no desempenho com o motor inicial, de 1,8 litro e 89 cv

O conversível veio em 1983 e, um ano depois, a frente com quatro faróis; em 1986 o Z24 aparecia com o tradicional motor V6 de 2,8 litros

O carro possuía 2,57 metros no entreeixos. O sedã media 4,43 m no comprimento, 1,67 m de largura e 1,32 m de altura; a perua era 7 cm mais longa e 5 cm mais alta. Sua suspensão era do tipo McPherson à frente e de eixo de torção atrás. Embora mais caro que seu antecessor, vendeu quase 200 mil unidades no ano de lançamento.

O propulsor de 2,0 litros com injeção eletrônica aposentava o carburador e aumentava um pouco os ânimos em meio às reclamações dos consumidores. Continuava com 89 cv, mas melhorava a curva de torque e estava disponível com a caixa manual de cinco marchas (a segunda oferecida pela Chevrolet, depois do Vega Cosworth), a de quatro e a automática de três — esta com bloqueio do conversor de torque, item ainda incomum na época. A marca também fizera um rearranjo nas versões e acabamentos, o que aliviou um pouco o preço.

No mesmo ano a GM retirava o teto da versão duas-portas para criar o Cavalier conversível, a maior novidade da linha no período. Em 1984, mudanças mais profundas surgiam no compacto da Chevrolet. A frente toda remodelada era baixa, reta e contava com faróis retangulares (duas unidades em cada lado). As luzes de direção vinham no pára-choque. As versões hatch e conversível contavam agora com o pacote Type 10, que dava um sopro de esportividade aos dois. Com mais de 462 mil unidades vendidas, o Cavalier tornava-se o mais popular carro no país.

Diante do êxito, os executivos da Chevrolet não viam necessidade de mudanças para 1985, mas elas vieram discretamente nas lanternas, nos bancos do duas-portas e no volante. Novos instrumentos do painel com console central tornavam-se de série em todos os modelos de duas portas. Instrumentos digitais eram opcionais. Mas a maior das novidades estava sob o capô: uma unidade de seis cilindros em "V", 2,8 litros, comando no bloco, 126 cv e torque de 22,7 m.kgf. O motor dos modelos Citation e Celebrity trouxe desempenho bem mais interessante aos carros da linha. Supunha-se que o novo propulsor só apareceria na versão esportiva Z24, mas a demora em produzi-la antecipou a chegada ao Cavalier tradicional. Levava 9,5 segundos para ir de 0 a 96 km/h, uma evolução e tanto, e atingia 180 km/h. Continua

Os irmãos
Muito comum nos EUA, as divisões da GM dividem entre si vários carros, adequando-os ao gosto e ao bolso de seus fiéis compradores. Com o Cavalier não foi diferente.

A Cadillac, famosa pelo luxo e conservadorismo, fabricou de 1981 a 1988 o Cimarron. O carro, um estranho no ninho, era o primeiro quatro-cilindros da divisão desde 1914 — e isso não era um fator para se orgulhar. Recebeu muitas críticas por ser justamente tudo aquilo que a Cadillac não aparentava. Recebia mudanças como faróis, grade e rodas, apliques laterais e interior mais adequado, mas isso não foi suficiente. De acordo com a revista Car and Driver, o diretor de produto da Cadillac, John Howell, possuía uma foto do modelo em sua parede com os dizeres "Para que não nos esqueçamos"...

De 1982 a 1988 a extinta Oldsmobile produziu o Firenza (acima). Ele apareceu com o motor 1,8 e frente de gosto duvidoso, mas que seria modificada, ganhando a feição do Cutlass Ciera e aspecto melhor em relação ao conjunto.

Já a Buick respondia com o Skyhawk. O nome já fazia parte da linha e a segunda geração do carro pegou carona no projeto da Opel. Com frente em cunha e faróis escamoteáveis, lembrava esportivos japoneses. Ao contrário do primo Chevrolet, o Skyhawk apresentava uma carroceria sedã de duas portas que se juntava às demais. Além do 1,8-litro normal, o carro podia receber o 1,8 com injeção monoponto e uma versão turbo.

Em 1987 todos eram substituídos por um 2,0-litros com injeção multiponto. O Skyhawk (acima) viveu até 1989 pulando de fábrica em fábrica.

A segunda geração do Pontiac Sunbird também era baseada no Cavalier. Com frente em forma de bico, acrescentava dois faróis retangulares em cada lado. Além dos motores compartilhados com a corporação, recebia o 1,8 turbo, mais potente que o seis-cilindros do Cavalier. A versão GT logo recebeu um motor maior, de 2,0 litros também turbo, e havia o mesmo pacote para o interessante conversível. Em 1994 o turbo saía e entrava em seu lugar o V6 de 3,1 litros.

O Sunfire (acima) o substituiu em 1995. Baseado na plataforma do segundo Cavalier, tinha motores 2,2 e 2,3 e carrocerias sedã, cupê e conversível. Mais tarde recebeu o 2,4 e o Ecotec 2,2. Deu lugar em 2005 ao modelo G5.

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