Ao contrário das versões Touring anteriores, que eram hatches, o E30 exibia uma perua bem desenhada e prática, também disponível com tração integral

O uso de lanternas horizontais deixou a Touring mais identificada com o sedã, mas prejudicou o acesso da bagagem, que precisava superá-las

Para-choque, faróis elipsoidais e motor M40 de 1,8 litro eram novidades em 1988; no ano seguinte aparecia o 318iS com 16 válvulas e 140 cv

Se a cilindrada era a maior em um E30 de fábrica — 2,7 litros, atrás apenas do 3,3 sul-africano —, a configuração "mansa" do comando de válvulas resultava em modestos 122 cv e 23,5 m.kgf. A chegada do 324td, em 1987, trouxe melhor desempenho aos adeptos do motor a diesel: o mesmo M21, agora com turbocompressor, desenvolvia 115 cv e 22,4 m.kgf.

Touring e desempenho  
A conveniência de uma perua vinha associada, pela primeira vez, a um BMW na E30 Touring, lançada em julho de 1987. O nome era familiar, mas nas duas utilizações anteriores — na linha New Class e, com conversão por uma concessionária, no Série 3 E21 — referia-se a modelos hatchback de três portas. Agora não: a Touring era uma perua de cinco portas com banco traseiro bipartido 50/50 e bom espaço para bagagem, embora seu acesso não fosse dos mais amplos, pois a tampa vinha recortada por cima das lanternas horizontais. Oferecia as versões 320i, 325i e 325ix, às quais se somariam mais tarde as 316i, 318i e 324td.

Na mesma época o sedã 318i aparecia na série especial Edition S, com duas ou quatro portas, para-choques na cor do carro, defletor dianteiro, rodas de alumínio e suspensão esportiva M Technic. Os mercados italiano e português recebiam nesse ano uma versão específica como alternativa ao esportivo M3 (leia sobre ele adiante): como motores com cilindrada acima de 2.000 cm³ eram penalizados em termos fiscais, a BMW desenvolveu o 320iS, com a unidade S14 do M3 reduzida para 2,0 litros, com 192 cv e 21,4 m.kgf, e aparência externa semelhante à do esportivo, mas sem aerofólio traseiro. A opção durou três anos.

Modificações na linha 1988 eram faróis baixos com refletor elipsoidal, como no Série 7 lançado dois anos antes; para-choque dianteiro redesenhado, com opção de pintura na cor da carroceria, lanternas traseiras ampliadas, acabamento com menos cromados e pneus mais largos. A carroceria recebia galvanização em parte das chapas para dificultar a corrosão, problema crônico nos modelos iniciais, e o tanque de combustível estava maior.

O motor M10 dava lugar em 1988 ao M40, também com injeção Motronic e de 1,8 litro, mas com funcionamento bem mais suave graças às bielas longas. Seu cabeçote era similar ao do V12 do 750i e uma correia dentada movimentava o comando. Enquanto o 318i chegava a 113 cv e 16,5 m.kgf, aparecia um inédito 316i com a cilindrada correta para sua designação (1,6 litro), 100 cv e 14,4 m.kgf.

A avaliação da inglesa Autocar com esse novo 318i destacou o desempenho, a ergonomia e a qualidade de fabricação do modelo, que foi definido como um "pacote difícil de superar". Sobre o motor, a revista avaliou que "precisa de menos reduções de marcha que o antecessor para se manter alegre. Mesmo sem o som delicioso dos modelos de seis cilindros, não há aspereza na entrega de potência". Continua

Os especiais

Preparadoras tradicionais fizeram versões muito interessantes da linha E30. A Hartge criou o H35-24 ao aplicar ao sedã o motor do M5 da época, de seis cilindros em linha, 3,5 litros, 24 válvulas e 286 cv, só que modificado para 330 cv.

Teste da revista Sport Auto com o H35-24 (fotos acima) indicou 0-100 km/h em 5,9 segundos. Imponente, o carro tinha ainda anexos aerodinâmicos e rodas de 17 pol com pneus 265/40 na traseira.

Outra opção era o Alpina B6 3.5 S (acima), um M3 vendido entre 1986 e 1990 com um motor mais refinado: o seis-em-linha de 3,45 litros, ainda com 12 válvulas. Com pistões e cabeçote modificados, ele rendia 254 cv e 32,6 m.kgf e aumentava o peso do M3 em 125 kg, mas havia ganho expressivo em torque e o carro acelerava de 0 a 100 em 6,6 segundos, com máxima acima de 250 km/h.

O B6 vinha ainda com rodas de 16 ou 17 pol (neste caso com pneus 225/45), anexos aerodinâmicos e acabamento interno exclusivo. Antes que surgisse o M3, a Alpina fez também versões de 2,8 litros do B6, chamadas de C2 2.7, incluindo a opção conversível (acima). O E30 contou ainda com acessórios das especialistas Zender e Kamei e com preparação pela renomada AC Schnitzer.

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