O M6, versão do M635 CSi apenas para os EUA, seria lançado só em 1987 com menores potência (256 cv) e torque (33,7 m.kgf) por causa da taxa de compressão reduzida de 10,5:1 para 9,8:1. Enquanto isso, os europeus ganhavam um gerenciamento eletrônico mais moderno no motor do 635 CSi, que subia para 220 cv e 32 m.kgf (sem catalisador) ou 211 cv e 31,1 m.kgf (com o dispositivo). Pena que os americanos não tenham sido contemplados com essa evolução, permanecendo com a versão de 185 cv.

Os pára-choques adotados em 1987 eram os mesmos para Europa e Estados Unidos; chegavam também faróis elipsoidais e o 635 CSi com catalisador

Em junho daquele ano a BMW unificava os pára-choques para Europa e EUA (antes os da América eram mais reforçados, como exigia a legislação local), que deixavam o comprimento com 4,81 metros, ante 4,75 m dos europeus e 4,89 m dos americanos. Ganhavam também faróis elipsoidais e a opção do acabamento interno todo em couro, que abrangia painel, forro de teto, colunas e console central, além dos bancos e portas. Esse padrão de interior, associado ao câmbio automático e a todos os opcionais disponíveis, vinha de série na versão L6, exclusiva dos EUA. O 628 CSi saía de produção.

Em 1988 estreava o controle eletrônico dos amortecedores, que alterava sua carga (firmeza) conforme as condições do piso e o modo de dirigir. O 635 CSi para os americanos ganhava suspensão traseira com nivelamento automático por um complexo sistema eletroidráulico, que compensava o peso da carga. E o motor afinal atingia uma potência próxima à da versão européia, 208 cv, graças à maior taxa de compressão possível com a nova central eletrônica. No ano seguinte essa versão de topo recebia direção com assistência eletrônica Servotronic, na Europa inclusive.

O reencontro: a partir da esquerda, o carro esporte M1, o M635 CSi -- mais potente Série 6 da época -- e o M6 de nova geração, que dá seguimento à tradição de grandes cupês na BMW

Aos 13 anos sem grandes alterações de estilo, a linha de cupês estava claramente defasada diante de novos concorrentes, como o Mercedes-Benz SL que seria lançado no Salão de Frankfurt daquele ano. O Série 6 deixava o mercado em abril de 1989 com um total de 86.216 unidades produzidas (em torno de metade para o mercado americano), tendo 1985 sido seu melhor ano. O M635 CSi respondeu por 5.855 delas.

A BMW havia se preparado: no mesmo evento lançava o cupê Série 8, que na versão de topo 850i recorria ao motor V12 de 5,0 litros e 300 cv do sedã 750i. Para muitos, porém, a empresa não conseguiu repetir nesse cupê o equilíbrio de linhas de seu antecessor, criando um carro de estilo pesado. Não é à toa que, depois do Série 8, os bávaros foram buscar de novo no número 6 a inspiração para o cupê dos novos tempos, lançado em 2004 e que ainda tem uma longa carreira pela frente.

Ficha técnica
_ 633 CSi (1977) 635 CSi (1982) M635 CSi (1984)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 6 em linha
Comando e válvulas por cilindro no cabeçote, 2 duplo no cabeçote, 4
Diâmetro e curso 89 x 86 mm 92 x 86 mm 93,4 x 84 mm
Cilindrada 3.210 cm3 3.430 cm3 3.453 cm3
Taxa de compressão 9,5:1 10:1 10,5:1
Potência máxima 200 cv a
5.500 rpm
218 cv a
5.200 rpm
286 cv a
6.500 rpm
Torque máximo 29 m.kgf a
4.250 rpm
31,6 m.kgf a
4.000 rpm
34,7 m.kgf a
4.500 rpm
Alimentação injeção eletrônica
CÂMBIO
Marchas e tração 4, traseira 5, traseira
FREIOS
Dianteiros a disco ventilado
Traseiros a disco ventilado a disco a disco ventilado
Antitravamento (ABS) não sim
SUSPENSÃO
Dianteira independente, McPherson
Traseira independente, braço semi-arrastado
RODAS
Pneus 195/70 R 14 V 220/55 R 390 V
DIMENSÕES
Comprimento e entreeixos 4,75 m / 2,62 m
Peso 1.470 kg 1.450 kg 1.570 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 215 km/h 230 km/h 255 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 7,9 s 7,4 s 6,4 s
Dados do fabricante

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